A origem da moda não está na necessidade de proteção, mas no desejo de se diferenciar socialmente. Por isso, ela é uma ferramenta de expressão.
Na origem da moda está a diferenciação, algo que hoje é parte da decisão de uma pessoa sobre o que usar e como usar, dentro do que ela deseja. Mas, antes de chegarmos aqui, falando rapidamente sobre algo que demorou muitos e muitos anos, houve uma época menos politicamente correta.
A roupa nasce com a necessidade de se cobrir por estar nu ou com frio, mas a moda tem origem na diferenciação social entre as pessoas, como peças e cores que significam status e poder na sociedade. Chega a ser uma fôrma que define padrões, – talvez ainda estejamos nos libertando deste momento – e evolui com a humanidade, se tornando uma expressão de tribos e, mais recentemente, individual do ser em relação ao seu tempo.
Até esta necessidade de diferenciação virar o que conhecemos hoje como moda, demorou um pouco. Segundo o filósofo francês Gilles Lipovetsky, “o que define o sistema de moda e a conjunção das lógicas do efêmero e da fantasia estética, que só encontrou espaço nas sociedades modernas.”
A ligação entre o indivíduo e a sociedade
A moda tem papel significativo no que se refere à identidade, atuando entre o indivíduo e a sociedade. Isso porque, por meio do vestuário, é possível se expressar e comunicar. Para a sociologia a moda é, sim, artística e, ao mesmo tempo, econômica, sociológica, política e remete a questões de identidade social.
Para saber mais sobre este assunto, indico ler Frédéric Godart e seu livro ‘Sociologia da Moda’.
A moda é, então, uma ferramenta que aliada às características da sociedade e o tempo em questão facilita ao indivíduo a expressão de sua identidade, mesmo que seja múltipla contraditória, a partir de seus sentimentos e poder de compra, para as mais variadas ocasiões.