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Fazendo a coisa certa – “Anjos” também empreendem

“Eu também disse no meu coração que o verdadeiro Deus porá à prova os filhos dos homens e lhes mostrará que são como os animais, pois o que acontece com os humanos também acontece com os animais: Todos têm o mesmo fim.  Como morre um, assim morre o outro; e todos eles têm o mesmo espirito. De modo que o homem não tem nenhuma superioridade sobre os animais; tudo é vão.”  (Ecl: 3: 18-20)

Dona Dejanira, uma senhorinha extraordinária, de 85 anos de idade, moradora do bairro de Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro; sabe bem disso, pois para ela, empreender vai muito além de fazer algo somente por uma troca monetária. Significa também  fazer  a coisa certa. São mais de 30 anos, cuidando como poucos, de gatos e cachorros de rua, os quais já a reconhecem de longe, por serem alimentados e bem cuidados por ela todos os dias, nas ruas de Realengo. Em conversa, dona Dejanira, o anjo dos animais, deixa claro que tudo o que nós sentimos, os animais também sentem, como: Fome, sede, dor; incluindo sentimentos como: Alegria, tristeza, rejeição e desamparo. Todavia, indo ao ponto mais genuíno do termo empreender, que é descrito no dicionário Michaelis como: Pôr em execução, realizar, fazer, resolver –se a praticar; pode-se afirmar que a Dona Dejanira é uma verdadeira empreendedora; que assim como os demais, encontra muitos desafios. Como uma senhora de 85 anos de idade, suas limitações não têm se resumido apenas a sua própria saúde, mas também a falta de caridade e apoio por parte das pessoas. Muitos criticam a sua atitude em cuidar de animais feridos e na maioria das vezes em estado calamitoso. Nesse sentido, dona Dejanira diz ficar muito triste, pois inevitavelmente se envolva com a situação dos animais e sente profunda decepção em relação a alguns seres- humanos, que provocam tal realidade. Além disso, quando recebe alguma ajuda, ela castra e trata os animais mais vulneráveis, bem como os que possuem a saúde mais precária.

Segundo a revista Exame, o abandono de animais aumentou cerca de 61% durante a pandemia, chamando assim a atenção para a tutela responsável. Todavia, dona Dejanira, reivindica o retorno de lugares para castração de graça em cada bairro, punições ainda mais rígidas para quem abandona e maltrata os animais, incluindo os cavalos sob condições tirânicas; ela roga por mais apoio aos defensores, seja por parte de cada cidadão, bem como do poder público. No entanto, é válido ressaltar, que o presidente Bolsonaro sancionou desde 2020, a lei que aumenta a pena de maus-tratos a cães e gatos, a qual enquadra no art. 32 da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), com pena de detenção de 3 meses a 1 ano de reclusão e multa. A nova lei modifica a pena e passa para reclusão de dois a cinco anos, além de a proibição de o agressor ser tutor de animais. Prevê inclusive, punição a estabelecimentos comerciais que facilitarem o crime. E sancionou igualmente, a lei que proíbe a eliminação de cães e gatos por órgãos públicos, quando estes não possuírem doenças graves ou enfermidades contagiosas incuráveis.

Definitivamente, dona Dejanira empreende, presta um serviço à sociedade, dá um exemplo de vida, compaixão e abnegação em sua missão. Um viva as melhorias, nas leis! Se você cidadão, veterinário, instituto ou empresa, desejar realmente ajudar; é só entrar em contato comigo no Instagram descrito abaixo. Lembre-se, estamos todos conectados.

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