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Fim da pobreza é um dos objetivos da ONU para um desenvolvimento mundial sustentável

 

Da Redação

Plano de ação para um mundo melhor. Assim é a Agenda 2030: um compromisso que líderes de 150 países, reunidos na sede das Organização das Nações Unidas, em Nova York, assumiram em prol de um planeta com menos desigualdades e mais prosperidade, equilíbrio social e ambiental. São 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas que devem ser implementados por todos os países até 2030.

E o primeiro dos objetivos é ’acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares’. O documento que discrimina esse plano de ação reconhece que a erradicação da pobreza em todos os seus aspectos e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global e um requisito indispensável para o chamado desenvolvimento sustentável. A proposta é, nos próximos 11 anos, reduzir pelo menos à metade a proporção de homens, mulheres e crianças, de todas as idades, que vivem na pobreza, de acordo com as definições nacionais.

E de que forma? Implementando, em nível nacional, medidas e sistemas de proteção social adequados. Assim, cada país deve buscar garantir que todos, particularmente os pobres e vulneráveis, tenham direitos iguais aos recursos econômicos e também acesso a serviços básicos, propriedade, recursos naturais, novas tecnologias, entre outros itens.

Sofrimento de mais de 1,3 bilhão de pessoas

Não é uma tarefa fácil. A edição de 2019 do Índice Global de Pobreza Multidimensional elaborado pelo PNUd (Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento ) e pela Iniciativa pelo Desenvolvimento Humano de Oxford (OPHI) informa que existe 1,3 bilhão de pessoas multidimensionalmente pobres nos 101 países de renda baixa e média. E elas sofrem carências relacionadas à saúde, educação e qualidade de vida. São quase o dobro dos 736 milhões considerados extremamente pobres, que vivem com menos de 1,90 dólar (cerca de R$ 7,07) por dia.

“Para combater a pobreza precisamos saber onde vivem as pessoas pobres. Elas não estão distribuídas uniformemente em cada país, nem mesmo dentro das casas. Dois irmãos podem viver sob o mesmo teto, um desnutrido e outro não”, explicou Achim Steiner, administrador do PNUD durante o lançamento do estudo. “O Índice Global de Pobreza Multidimensional de 2019 oferece as informações detalhadas que os responsáveis políticos necessitam para tomar medidas mais bem direcionadas e eficazes”, declarou, ressaltando que os países que o fizeram “conseguiram progressos significativos. Um belo exemplo é a Índia: em uma década (2006-2016), 271 milhões de pessoas saíram da pobreza naquele país.

Pobreza extrema aumenta no Brasil

No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2016 e 2017, a pobreza passou de 25,7% para 26,5% da população. Dados do Cadastro Único do Ministério da Cidadania mostram que a pobreza extrema (aqueles que vivem com menos de R$ 140 mensais) no país aumentou e já atinge 13,2 milhões de pessoas. Nos últimos sete anos, mais de 500 mil pessoas entraram em situação de miséria. A região com pior cenário é o Nordeste. As maiores taxas a cada 100 mil habitantes são do Piauí (14,087%), Maranhão (13,861%) e Paraíba (13,106%).

Mas no Sudeste o cenário também não é favorável. O Rio de Janeiro, ao lado de Roraima, teve o maior crescimento da extrema pobreza, com incrementos de 10,4% e de 10,5%, respectivamente, no período que abrange junho de 2018 a junho de 2019.

Foto: Pixabay

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