Mais um verão chegando e a novela da instalação de ar-condicionado em toda a frota dos ônibus do Rio de janeiro não chega ao fim. A meta inicial da Prefeitura era ter 100% da frota climatizada até 2016. Já estamos chegando a 2020 e isso parece bem longe de se concretizar. E lá vai o cidadão, na estação escaldante, encarar o transporte público sucateado, lotado e calorento.
Em agosto de 2018, o prefeito Marcelo Crivella apresentou um novo modelo de ônibus e prometeu que essa a nova frota seria totalmente reformada até 2020. Além de ar-condicionado, os coletivos terão, segundo a Prefeitura, sinal de wi-fi e entradas USB em cada assento. E a padronização de cores dos veículos foi determinada com o objetivo de ajudar usuários a identificar melhor as linhas e as empresas.
A questão é que, ao contrário de facilitar a vida da população, a mudanças nas cores dos veículos confunde o usuário. Anteriormente era mais fácil associar determinadas cores aos bairros em que o ônibus circula. Atualmente não é assim, o que dificulta a identificação imediata, especialmente por parte dos idosos, que muitas vezes ‘perdem’ o ônibus. Mais uma bola fora da Prefeitura.
Em agosto desse ano, a Justiça determinou uma intervenção para acelerar o processo de climatização da frota, a despeito do acordo que Crivella fez com as empresas de ônibus. As negociações levaram ao aumento da passagem de R$ 3,95 para R$ 4,05 no fim de janeiro. Em troca as empresas se comprometeram a implementar a climatização até setembro de 2020, com metas a cumprir gradativamente. O Ministério Público afirma que a Prefeitura não pode mais ultrapassar o prazo de 30 de setembro do próximo ano. Enquanto isso, o pacato cidadão segue sendo prejudicado. Haja paciência!