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Fundos de pensão acumulam R$ 1,86 bilhão em aplicações no banco Master, alvo de liquidação extrajudicial

Divulgação

Informações divulgadas pelo Ministério da Previdência Social acenderam um sinal de alerta no mercado financeiro. Dezoito fundos de pensão estaduais e municipais possuem, juntos, R$ 1,86 bilhão aplicados em letras financeiras do banco Master, instituição que entrou em liquidação extrajudicial por decisão do Banco Central nesta semana.

O ponto mais crítico é que aplicações feitas por fundos de pensão e fundos de investimento não são cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Ou seja, em caso de liquidação, esses valores não contam com proteção e passam a compor a lista de credores do banco, aguardando o processo de avaliação e pagamento da massa liquidada. Esse cenário aumenta a incerteza quanto ao destino dos recursos de milhares de servidores públicos que dependem da saúde financeira desses fundos.

A decisão do Banco Central ocorreu um dia após a Fictor Holding apresentar uma proposta de compra do Master, que pertence ao empresário Daniel Vorcaro. A liquidação também acontece pouco mais de dois meses depois de o BC vetar a aquisição da instituição pelo BRB (Banco de Brasília), indicando que os problemas já vinham sendo avaliados pelo órgão regulador.

Com a liquidação, investidores, fundos e entidades públicas acompanham com preocupação os desdobramentos. Os próximos passos dependerão do processo conduzido pelo interventor nomeado, que deverá apurar ativos, passivos e possibilidades de ressarcimento. Enquanto isso, o episódio reacende o debate sobre risco, transparência e critérios de investimento adotados por fundos que administram o futuro de servidores em todo o país.

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