Segundo investigações, as armas foram encomendadas pelo Comando Vermelho do Rio de Janeiro; 480 militares estão detidos no quartel em Barueri
As investigações sobre o furto de 21 metralhadoras de grosso calibre em Barueri, SP, apontam que as armas foram oferecidas à principal facção criminosa do Rio de Janeiro. O Exército recebeu um vídeo com a imagem de quatro metralhadoras, incluído nas investigações. O oferecimento ocorreu há cerca de um mês, no dia 7 de setembro, pedindo R$ 180 mil para cada metralhadora ponto 50.
Desde o dia 10 de outubro, quando o furto foi revelado, o Exército procura recuperar as 13 metralhadoras ponto 50 e 8 metralhadoras 7,62, suspeitando que foram furtadas progressivamente. Até agora, 50 militares foram ouvidos. Cerca de 480 de militares de várias patentes estão “aquartelados”.
O traficante Corolla, que comanda o Complexo de Manguinhos, teria sido contatado para a venda. Corolla se comunicou com Abelha, apontado como líder do Comando Vermelho, para confirmar o negócio. As metralhadoras ponto 50 têm capacidade para derrubar aeronaves, tornando helicópteros policiais alvos frequentes. Cada arma pesa cerca de 4,5 kg.