Vermelhas, brancas, amarelas e verdes: flores para Gotuzzo, em todas as cores e formatos. Hoje, quero refletir com os amigos um pouco da história de Leopoldo Gotuzzo. Ele nasceu em Pelotas, Rio Grande do Sul, ao oitavo dia do mês de abril. Sua profissão? Pintor. Suas obras? Sua vida. O artista, através das cerdas de seus instrumentos de trabalho nos presenteou com os retratos capturados por seus olhos, sentimentos e interpretações. De suas pinturas, as naturezas são as que mais me cativam. As flores parecem recém colhidas, recém presenteadas, recém
vivas; sinto seu perfume.
A tinta misturada na palheta, de passagem, pousa sobre a tela e para a posteridade dos olhos admiradores de quem podem senti-lo e ouvi-lo [as rosas, sim, falam]. Cenas que resistem penduradas ou guardadas, até mesmo esquecidas e desconhecidas. Mas, de existência solida em algum lugar…
Dentro de seus 96 anos de idade, a poesia das cores que fora a vida do artista foi a causa de inúmeras exposições e eventos no Brasil e Exterior. Gotuzzo faleceu em 1983, mas sua memória não. Sua Arte, jamais.
Hoje, uma parte de suas obras e história estão expostas em uma amostra permanente que leva, merecidamente, seu nome: “Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo”- (MALG) localizado no Centro de Pelotas no Rio Grande do Sul. Olhando as flores, sinto o perfume de suas rosas desenhadas…
O Pintor
É na pedra…
Na Madeira,
Na tela,
Na superfície,
Na parede.
Na cabeça,
No corpo…
É o Pintor,
Que viu,
Que emergiu,
Que existiu.
É o quadro na casa da vó,
No museu,
Na história dos livros.
É o Pintor.
(Henrique Bas)