Por David Antunes
No último dia 23, a Medalha Pedro Ernesto foi concedida à Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC).
O evento aconteceu na Câmara de Vereadores da cidade do Rio de Janeiro, a entrega da Medalha Pedro Ernesto, é a mais alta condecoração, concedida a pessoas e instituições que se destacam na sociedade brasileira ou internacional. A condecoração foi criada em 1980 e homenageia o Prefeito Pedro Ernesto, que tem a sua figura estampada na Medalha.
Desta vez, a Literatura de Cordel foi homenageada. O Cordel é uma manifestação da cultura popular brasileira que teve origem no nordeste, sendo composta por poemas escritos em linguagem popular, ricos em rimas e na perfeição métrica dos seus versos.
Os homenageados da tarde literária foram o poeta Severino Manoel Honorato , Acadêmico da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, a Dra. Ana Cristina Campelo, Vice-presidente da FALB – Federação das Academias de Letras do Brasil e CEO do Jornal DR1, o Poeta Almir Oliveira de Gusmão, Acadêmico e Presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, que recebeu a Medalha em nome da Instituição, o Poeta Marlos de Herval Lima e Silva, Acadêmico e Curador da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, o Poeta e Dr. Willian José Gomes Pinto, Acadêmico e Presidente do Conselho Consultivo da Academia Brasileira de Literatura de Cordel e o Filósofo Erinaldo José dos Santos, Pesquisador da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
Originalmente, os poemas de cordel eram vendidos em feiras, onde ficavam à mostra pendurados em cordeis ou barbantes. A literatura de Cordel adquiriu força no século XX, sobretudo entre 1930 e 1960, onde muitos escritores foram influenciados por este estilo, dos quais se destacam: João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna e Guimarães Rosa. Vale ressaltar que está nos cinemas de todo o Brasl a animação “Juvenal e o dragão”, uma literatura de cordel de Leandro Gomes de Barros.