Durante décadas, a poluição plástica foi reconhecida como problema ambiental, mas apenas recentemente estes resíduos começaram a despertar maior atenção da sociedade. Trata-se de poluição não só visível, mas também de uma forma “invisível” de poluição, os chamados microplásticos ou ainda, em tamanho inferiores, nanoplásticos. Partículas de microplásticos já são encontradas em todo planeta. A cada dia, novos estudos identificam a presença dele em animais marinhos , nas águas potáveis, cerveja, mel , sal, açúcar no mel, no leite materno, no ambiente e em nossos organismos como fígado, sangue e até mesmo na placenta. A presença deles na cadeia alimentar e nos alimentos humanos processados bem como, em produtos de higiene, por exemplo, contribui para a exposição humana. Estudos indicam que estas partículas funcionam como condutores de produtos químicos, podendo causar, a princípio, inflamação em nosso organismo bem como, impactar em nosso sistema imunológico, e respiratório e ainda, interferir no intestino.
Em novo estudo publicado recentemente no Food Packaging Forum , pesquisadores estudaram a toxicidade dos nanoplásticos nas células placentárias e concluíram que estas afetam de maneira negativa as células da placenta, inibindo por exemplo, a atividade da proteína quináse, enzimas responsáveis por regularem processos importantes em nosso organismo e qualquer problema com elas pode resultar em patologias como câncer, inflamação ou doenças cardiovasculares.
Por causa deste estudo, os cientistas estão propondo um novo estudo a cerca do impacto destas minúsculas partículas na reprodução feminina e no desenvolvimento fetal.
A placenta apresenta papel essencial no desenvolvimento do feto humano, a presença de partículas de plástico com cargas de toxicidade é motivo de grande preocupação.