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Inflação do aluguel cai 0,77% em julho e registra terceira queda seguida

Divulgação

A inflação do aluguel teve nova queda em julho, fechando o mês com deflação de -0,77%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). É o terceiro mês seguido de queda no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para reajustes de contratos de aluguel e outros serviços.

Com esse resultado, o IGP-M acumula alta de 2,96% em 12 meses, o menor índice desde junho do ano passado, quando marcou 2,45%. Em março deste ano, o acumulado era de 8,58%.

O que puxou a queda?

O principal responsável pelo recuo foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% da composição do IGP-M e mede os preços no atacado. Em julho, o IPA caiu 1,29%, com destaque para as quedas no preço do café em grão (-22,52%), batata-inglesa (-29,63%), milho (-7,54%) e minério de ferro (-1,86%).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30%, subiu 0,27%. Os itens que mais pressionaram para cima foram energia elétrica (2,74%) e passagens aéreas (6,29%), comuns em período de férias escolares.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que responde por 10% do IGP-M, teve alta de 0,91%, influenciado tanto por aumento de custos com materiais e serviços (0,86%) quanto mão de obra (0,99%).

Por que o IGP-M é importante?

Além de ser usado para reajuste de aluguéis, o IGP-M também corrige contratos de serviços essenciais e tarifas públicas. A queda consecutiva no índice pode significar alívio no bolso para inquilinos e consumidores que têm seus contratos atrelados a esse índice.

O levantamento da FGV foi feito entre os dias 21 de junho e 20 de julho, com coleta de preços em sete capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Salvador e Porto Alegre.