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Jornada ESG: Brasil larga na frente do mundo

 

Há algumas edições passadas escrevi aqui sobre a contabilidade verde e seus desdobramentos futuros, não somente no Brasil, mas no mundo. A recomendação, com força de lei, demandada pelo ISSB – International Sustainability Standards Board (Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade) já começou a repercutir no Brasil e de uma forma muito positiva. A CVM – Comissão de Valores Imobiliários cujas principais funções são disciplinares, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil publicou de forma pioneira a Resolução nº193, em que permite, de forma voluntária, para as companhias abertas, fundos de investimento e companhias securizadoras a elaboração e divulgação de relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, de acordo com as instruções IFRS S1 e S2 emitidas pelo ISSB.

“Tenho reforçado que o futuro é verde e digital. Temas como controle de mudanças climáticas, preservação ambiental e agenda sustentável são transversais ao Mercado de Capitais” disse João P. Nascimento Presidente da CVM.

E agora? Como reportar? Por onde começar?

Roteiro para reportar corretamente

Veja abaixo as três principais ações a serem adotadas para quem não sabe por onde começar:

1-Materialidade – Convoque as pessoas de sua empresa que conheçam a fundo o negócio da organização e não apenas os produtos. Identifique o que é realmente importante, quais são as informações nevrálgicas, aquelas mais sensíveis; não esqueça das ameaças / riscos e oportunidades. Essas informações te ajudarão a avaliar quais dados serão colocados nos relatórios. Use o IFRS I como guia pois contém orientações básicas quanto a “key users” e aquelas que são relevantes;

2-Governança participativa – Cunhei esse termo para expressar a necessidade de que as áreas da organização estejam inteiradas dos conceitos, processos, responsabilidade pelas informações e a gestão eficaz dos dados que serão efetivamente necessários. A área financeira será a locomotiva do processo para assegurar tanto os controles apropriados quanto o rigor das informações de sustentabilidade. importante: Atenção para informações adicionais ou de fora da organização que certamente irão gerar carga extra para os colaboradores ou mesmo competências carentes na equipe;

3-Mão de obra especializada – Com os riscos e oportunidades devidamente identificados, ranqueados e com ações de mitigação em pauta, uma questão de alta importância emerge: a força de trabalho possui capacidade técnica (conhecimento) bem como operacional (headcount) para atender os requisitos identificados no relatório? Essa questão necessita ser identificada antes de iniciar o trabalho para que possam ser identificadas as lacunas e o tempo e os perfis para preenchê-las.

Se precisar de ajuda entrem em contato. 

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