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Jornada ESG: Um oceano de oportunidades

Por todos os lugares que vou à pergunta que sempre aparece é: Qual o perfil do profissional de ESG? Vamos lá. O mundo deixou de ser linear para ser não linear. Entender isso é fundamental, pois afeta nosso pensamento e a forma como vemos a atualidade. Veja antes a produção era uma linha de trabalho muito bem definida com a matéria prima entrando de um lado da máquina e o produto saindo do outro. A logística se encarregava de carregar (ovar) os containers ou caminhões, distribuindo para os clientes e recolhendo o lucro. Essa é a forma linear de como éramos.

Mundo Não Linear

Hoje, o fornecedor da matéria prima precisa ser verificado para checar se usa mão de obra infantil / escrava; as embalagens necessitam ser descartáveis e o menos poluente possível, sendo o produtor ainda responsável moralmente por seu descarte. Descarte a ser feito por um consumidor de seu cliente final que ele nem conhece. O transporte necessita ser monitorado para apurar as emissões atmosféricas da cadeia produtiva, inventariá-la e procurar reduzi-la ano após ano com novas tecnologias e processos. Há outras centenas de considerações a serem feitas. Logo, o profissional de ESG precisa se ter conhecimento geral e possuir outras habilidades (soft skills) além do conhecimento técnico. Eis aqui as que julgo mais importantes:

Habilidades do Profissional ESG

1- Visão Holística – Mesmo que não conheça o negócio onde ele irá trabalhar, necessita conhecer a fundo como o negócio funciona, seus processos, parâmetros operacionais (de forma geral) assim como o planejamento estratégico da organização. Associado a seu know-how das questões ESG poderá abordar temas desafiadores para a organização.

2- Análise de riscos – Conhecimento indispensável para avaliar as ameaças, bem como as oportunidades de melhoria de processos para o negócio e dessa forma poder classificá-las e assim orientar a alta administração na tomada de decisão.

3- Liderança – Compreender que liderança não é sobre estar no comando, mas de cuidar daqueles que estão sob nosso comando. A criação de um ambiente psicologicamente seguro com trabalho em equipe possibilitará a participação efetiva de todas as pessoas.

4- Comunicação efetiva – Escuta ativa, empática e livre de vieses possibilita a criação de um ambiente efetivamente colaborativo.

5- Avaliação analítica – Capacidade necessária para transformar dados em informações de forma estruturada e objetiva. 

6- Mudança contínua – Compreender que não há fórmula mágica, nem roteiro a ser seguido nesse mundo não linear. Ser maleável e compreender os limites tanto da equipe quanto da organização.

7- Conhecimento técnico – Embora em algumas posições seja mandatório a formação em engenharia, economia ou biologia, entendo ser nem sempre adequado pois conhecimento não está atrelado somente a graduação e sim a vivência e experiência. Conhecer as métricas ESG, os fundamentos e regulamentação (Banco Central, SUSEP etc.) é o diferencial.

E você? Está pronto para mergulhar nesse oceano de oportunidades?

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