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Jovem baleada pela PRF tem piora clínica nas últimas 72 horas e segue em ventilação mecânica

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A agente de saúde Juliana Leite Rangel, de 26 anos, apresentou uma piora clínica nas últimas 72 horas, informou o boletim divulgado pelo Hospital municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) nesta quinta-feira. A jovem, internada desde a véspera do Natal, quando foi baleada na cabeça durante uma abordagem feita por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), segue estado geral regular. Ela apresenta sinais clínicos e laboratoriais de novo quadro infeccioso e, por isso, teve que retornar à medicação para controle de pressão arterial.

A direção do HMAPN informou ainda que Juliana segue respirando por meio da traqueostomia e desde o dia 7 está em ventilação mecânica, sob sedação leve. Ela passou por ajustes no tratamento da infecção.

“Do ponto de vista neurológico, não apresentou novos sintomas, sem novos déficits e sem necessidade de nova abordagem neurocirúrgica. O processo de reabilitação precisou ser interrompido devido ao agravamento do quadro infeccioso”, diz o boletim. Não há previsão de alta do CTI.

Os policiais rodoviários envolvidos na abordagem prestaram depoimento para esclarecer o que aconteceu na divisão da Polícia Federal de Nova Iguaçu na manhã seguinte à abordagem.

Em nota, a PRF informou que a Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, determinou a abertura de um procedimento interno para apurar os fatos relacionados à ocorrência. Segundo a corporação, os agentes envolvidos foram afastados “preventivamente de todas as atividades operacionais”.

“A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana. Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso”, disse a nota.

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