É inequívoco que estamos enfrentando uma emergência climática, ainda mesmo que você duvide se os efeitos desta mudança tem como origem as atividades humanas ou não. Mas é inegável a alteração deste. Desde que os cientistas escreveram em 1992 a carta “Aviso dos Cientistas Mundiais à Humanidade”, assinada por mais de 1700 cientistas, houve um aumento de aproximadamente 40% nas emissões globais dos gases de efeitos estufa.
As mudanças climáticas aumentaram a frequência e intensidade de eventos climáticos ao redor do planeta. As Nações Unidas acabaram de publicar o relatório sobre a “Lacuna de Emissões 2022: A Janela que se fecha – Crise Climática pede rápida transformação da sociedade “, nos mostra que os compromissos reafirmados na última COP -26 é insignificante em relação às emissões previstas para 2030 e que estamos longe do objetivo do Acordo de Paris no sentido de limitar o aquecimento global a temperaturas abaixo de 2º C, preferencialmente 1,5º C.
Para alcançar a meta de 2º C, teríamos que reduzir as emissões em 30%; para alcançarmos 1,5% a redução dos gases de efeito estufa precisam baixar 45%.
Já existe um consenso na comunidade científica que poderemos vivenciar uma temperatura média global de 2,8º C até o final deste século.
O relatório reforça a necessidade uma profunda transformação para uma economia de baixo carbono, passando por setores como o de energia, industrias, construção e transporte, por exemplo. A crise climática que estamos vivenciando é o resultado da mudança climática, somado à poluição e perda da biodiversidade. Ainda temos um outro agravante: como sustentar um crescimento ilimitado na população mundial, onde os recursos são finitos?
Os maiores poluidores, seguindo a ordem do relatório são: China, EUA, Índia, Comunidade Europeia, Indonésia, Rússia, Brasil e o transporte internacional.
A crescente frequência e intensidade dos desastres climáticos enfatiza a necessidade de mitigação e adaptação imediatas. Há mais em jogo hoje em dia do que em qualquer outro momento da história da humanidade.
