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Laís Souza e a sua jornada de superação

Foto: Divulgação

Relembre a trajetória da ex-ginasta que esteve entre a vida e a morte após um trágico acidente

Laís da Silva Souza é uma ex-ginasta brasileira que se destacou nas competições de ginástica artística, representando o Brasil em duas edições dos Jogos Olímpicos. Como integrante da Seleção Brasileira de Ginástica Artística de 2001 a 2012, Laís participou de feitos inéditos para a modalidade no país.

Nos Jogos Olímpicos de 2008, Laís ajudou o Brasil a conquistar o oitavo lugar por equipes. Além disso, acumulou importantes conquistas individuais, incluindo medalhas na Copa do Mundo de Ginástica Artística. Seu maior feito foi alcançar o quarto lugar no salto durante o Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 2006, desempenho que lhe rendeu o Prêmio Brasil Olímpico de melhor atleta feminina.

Durante sua carreira como ginasta, Laís recebeu a medalha de bronze por equipes nos Jogos Pan-Americanos de 2003. Na Copa do Mundo em São Paulo (2005), conquistou a prata no salto e, no mesmo ano, o ouro no Campeonato Nacional Brasileiro no mesmo aparelho. Ela também alcançou o primeiro lugar na trave. Em 2007, Laís ganhou a medalha de prata por equipes e bronze no salto e nas barras paralelas nos Jogos Pan-Americanos.

Porém a vida de Laís mudou drasticamente no início de 2014. Após uma bem-sucedida carreira na ginástica artística, ela decidiu se aventurar em uma nova modalidade: o esqui. Em 2013, a então ginasta começou a treinar para a Olimpíada de Inverno de 2014, realizada na Rússia. No entanto, durante a preparação, Laís sofreu um acidente ao se chocar com uma árvore durante um treino, resultando em uma torção na coluna cervical.

O acidente a deixou entre a vida e a morte no hospital, mas ela sobreviveu. Após o episódio, Laís precisou encontrar alternativas para viver sem os movimentos do corpo. Sem a possibilidade de se dedicar ao esporte, passou a dar palestras e começou a se dedicar às artes plásticas, usando essa atividade para financiar seus cuidados e tratamentos. 

Mesmo após o acidente, Laís manteve contato com o esporte. Nos Jogos Pan-Americanos de 2015 e nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, atuou como comentarista. A ex-atleta também experimentou o pôquer em 2015 e participou do revezamento da tocha paralímpica em 2016. Durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, Laís conduziu a chama olímpica de pé em sua cadeira de rodas, realizando um desejo pessoal.

Já em 2022, Laís passou a se dedicar mais intensamente às artes plásticas, aprendendo a pintar quadros com a boca.