Jornal DR1

Lâminas do Cotidiano: Tu

Somente tu
Em meus pensamentos
Em meus pressentimentos
Em meus noturnos olhos fechados, silenciados.

Somente tu
Nos inefáveis céus da memória
Da minha longínqua infância desaparecida
Nas lonjuras onde o menino se perdia…

Somente tu
Nos ínferos desertos da existência
E tantas mortes veladas, duramente sofridas
E o jeito triste de perscrutar as nuvens, etéreas e fugidias.

Somente tu
Tu, tu, tu
Minha alegria, minhas veias doridas
Tu a única esperança nesta noite fria.

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