Ativista já havia sobrevivido a uma tentativa de envenenamento em 2020

O ativista e crítico mais proeminente do governo russo, Alexei Navalny, faleceu na prisão no Círculo Polar Ártico na sexta-feira (16/2), conforme anunciado pelo serviço penitenciário local. Navalny, 47 anos, conhecido por sua oposição ferrenha ao presidente Vladimir Putin, cumpria uma sentença de 19 anos, amplamente considerada como politicamente motivada pela comunidade internacional.

A morte de Navalny ocorreu enquanto ele estava detido em uma das colônias penais mais rígidas da Rússia, no Ártico. De acordo com o serviço penitenciário, Navalny passou mal após uma caminhada, perdendo a consciência rapidamente. Os esforços de uma equipe médica de emergência para reanimá-lo foram em vão.

O presidente russo, Vladimir Putin, foi informado sobre a morte de Navalny, conforme afirmou seu porta-voz, Dmitry Peskov. A agência oficial de notícias Interfax relatou que os paramédicos tentaram ressuscitá-lo por cerca de meia hora após sua perda de consciência.

A causa exata da morte de Navalny ainda está sendo investigada, enquanto a notícia de sua morte reverbera internacionalmente. A União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e outros países expressaram choque e tristeza com a perda do líder opositor, reafirmando seu compromisso com os ideais democráticos e os direitos humanos.

Navalny ganhou destaque ao expor a corrupção no governo russo e enfrentar o partido Rússia Unida, de Putin, o que lhe rendeu milhões de seguidores nas redes sociais. Ele também sobreviveu a um envenenamento em 2020, que suscitou alegações de envolvimento do Estado russo, algo que o Kremlin negou veementemente.

A morte de Navalny é vista como um golpe para a democracia na Rússia e levanta preocupações sobre a segurança dos críticos do governo em um ambiente cada vez mais repressivo.