Jornal DR1

Liderança e Carreira: O futebol brasileiro precisa de mais líderes em campo

Com a crescente profissionalização do futebol atualmente, os aspectos da liderança dentro de campo têm ganhado cada vez maior atenção, preocupação e reconhecimento dos clubes. Com isso, os atletas, alguns mais especificamente que outros, vêm sendo cobrados para exercerem esse papel com sabedoria. Líderes natos são mais valorizados até no momento da contratação ou dispensa de jogadores. 

O fato é que em todo segmento esportivo precisa de um líder, porque é ele que dentro de campo vai passar a tranquilidade necessária para que os demais jogadores superem um momento delicado no jogo. Não só isso: fora de campo, o capitão se torna o ponto de confiança com a diretoria para resolução dos mais diversos problemas. E no meio do futebol, é sabido que cuidar do “vestiário” é tão importante quanto fazer o gol.

Nota-se, nesse contexto, a grande importância e representatividade que possui a liderança para uma equipe de futebol. Mas podemos pensar também fora do esporte: ela é fundamental em qualquer instituição, empresa, organização ou mesmo na família, porque, principalmente nos momentos difíceis, essa referência é que vai ter o equilíbrio para resolver a situação, que tem o controle necessário, que não se abate com crítica e consegue enxergar com clareza o que realmente está acontecendo. É esse “faixa preta” experiente que apoia no planejamento dos treinamentos, cobra o devido profissionalismo dos companheiros, foco, cumprimento de horários e mais comprometimento.

Segundo os estudiosos da área, há situações em que uma pessoa pode tornar-se um líder estando no lugar certo na hora certa ou devido a vários outros fatores como idade, educação, experiência, antecedentes familiares e saúde. Mas, normalmente, líder é o indivíduo que possui o maior número de traços desejáveis de personalidade, sensibilidade, inteligência emocional, postura, carisma e de caráter.

Existem aqueles que são os líderes naturais, que tem um carisma, além de uma grande capacidade de entender o futebol, o aspecto tático e o aspecto grupal. Existem aqueles líderes mais calados, mas que pela sua atitude dentro do campo, pelo seu comportamento no dia a dia são admirados e respeitados. Aquele que tem uma liderança porque o atleta é aglutinador, pelo seu bom humor, pela sua forma de descontrair o grupo, de aproximar os demais. Logo, não há um único modelo. Equipes campeãs, normalmente, conseguem ter, no seu grupo, atletas líderes de diferentes tipos e estilos. 

Por fim, vale reforçar que a liderança e a coesão grupal no futebol profissional manifestavam-se em várias ocasiões (nos treinamentos, nos momentos de descontração, situações de jogo e vestiário), ratificando sua importância e necessidade de maiores cuidados e preocupações. Há diversos indivíduos no grupo que possuem características para o desempenho de seu papel/função de líder devendo, entretanto, ser mais bem aprimoradas. Tais lideranças se configuram na pessoa de dois líderes específicos, tais quais o líder da tarefa e o socioemocional. Não necessariamente uma equipe possui ou deve possuir um único líder da tarefa e um único líder socioemocional. Ambos são demasiadamente importantes para o rendimento da equipe e principalmente para a qualidade e intensidade das relações sociais existentes entre os membros do grupo, interferindo diretamente na coesão grupal desta equipe.

Confira também

Nosso canal

RESPIRARTE - 12 NOV 24