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Luciana Brites lança livro que mostra método científico para a alfabetização eficiente

Autora explora a distinção entre dificuldade e transtorno de aprendizagem e oferece insights sobre a identificação das necessidades individuais

Um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mosta que a quantidade de crianças com dificuldade de ler e escrever pulou de 15,5% para 33,8% em 2022, por conta da pandemia de Covid-19. Com o objetivo de combater esse grande déficit que assola milhares de famílias, a psicopedagoga Luciana Brites lança o livro “Alfabetização: por onde começar? Um método neurocientífico eficiente para ensinar a ler de verdade.”

Luciana, que também é mestre e doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento, especialista em Educação Especial nas áreas de Deficiência Mental, Psicopedagogia Clínica e em Psicomotricidade, comenta que o objetivo da obra é auxiliar pais e professores em alfabetizar de forma eficaz e vencer os grandes obstáculos provocados no período da pandemia, que são sentidos até hoje.

A especialista diz que o livro contém um conjunto de evidências baseadas em pesquisas científicas, sobre o que acontece no cérebro humano durante a leitura e a escrita. “O conceito de ler e escrever não é uma habilidade natural que temos e, sim, algo que é construído cultural e cognitivamente na nossa sociedade.”

Entre os tópicos abordados no livro estão a diferença entre dificuldade e transtorno de aprendizagem, como identificar as necessidades individuais e os processos cerebrais que acontecem ao ler e compreender palavras escritas.

“Explico ainda sobre os passos que ajudam a criança no processo de alfabetização, as fases do desenvolvimento e a mediação eficaz durante esse processo”, afirma Brites.

Segundo dados da pesquisa Alfabetiza Brasil, do Ministério da Educação (MEC), 56,4% das crianças brasileiras não estão alfabetizadas. Esses dados mostram que apenas 4 em cada 10 crianças, do 2º ano do ensino fundamental, estavam alfabetizadas em 2021 em todo nosso país.

Para a CEO do Instituto NeuroSaber, esses números são alarmantes. Luciana ressalta que a alfabetização é um marco fundamental no desenvolvimento da criança, mas é vital entender que cada uma segue seu próprio ritmo. “Não existe uma idade única que se aplique a todos, pois o processo de alfabetização é intrinsecamente ligado à maturidade e à motivação individual.”

Portanto, forçar o processo de alfabetização da criança não é um caminho a seguir seguido. Cada cérebro humano tem o próprio cronograma de desenvolvimento e formas de aprender. A especialista diz que o estímulo deve ser positivo, envolvente e adaptado ao nível de prontidão de cada criança. “Por isso, é fundamental que pais e educadores tenham acesso a formas eficazes de alfabetizar seus pequenos”, finaliza.

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