Da Redação
A Maratona de Hong Kong estava prevista para o início de fevereiro, com mais de 70 mil participantes nas várias distâncias. Mas a organização do evento tomou a decisão de suspender a prova, já que Hong Kong encontra-se a 1.107 km por estrada da cidade de Wuhan, epicentro do coronavírus. No mesmo dia em que a maratona era cancelada, 26 de janeiro, autoridades chinesas informaram que até aquela data que o número de mortos pelo coronavírus era de 56 no país, e que o número de pacientes com pneumonia causada pelo vírus era de 1.975.
“A saúde pública é a nossa principal prioridade. Para apoiar os esforços de prevenção de epidemias do governo, a organização decidiu cancelar a Maratona de Hong Kong originalmente programada para os dias 8 e 9 de fevereiro”, diz o comunicado do evento em sua página na internet, explicando que o dinheiro da inscrição será devolvido a todos.
A Maratona de Hong Kong realizou-se de forma ininterrupta desde 1997. Os altos níveis de umidade e a dificuldade do percurso têm feito com que esta prova seja mais lenta que as grandes maratonas mundiais. Os recordes do percurso foram obtidos no ano passado pelo queniano BarnabaKiptum, com 2h09m20s, e pela bielorrussa VolhaMazuronak, com 2h26m13s.
Olimpíadas de Tóquio
Mas a preocupação do mundo esportivo com o coronavírus não termina em Hong Kong. O comitê Tóquio 2020 se mostrou muito preocupado com a confirmação do terceiro caso de coronavírus no Japão no dia 24 de janeiro. Diante da proximidade dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o alerta máximo está ligado.
“Temos que ter muito cuidado com os tipos de doenças infecciosas que aparecerão nas Olimpíadas. Nesses tipos de reuniões de massa, aumentam os riscos de doenças infecciosas e bactérias resistentes”, afirmou KazuhiroTateda, presidente da Associação Japonesa de Doenças Infecciosas, que destacou a proximidade territorial com a China como mais um motivo para extrema vigilância ao vírus.
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