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Marcha das Mulheres pela Dignidade Humana chama a atenção das autoridades nacionais e estaduais para a situação de calamidade pública em São Gonçalo.

 

A Marcha das Mulheres, em sua segunda edição (2022, aconteceu, no contexto das eleições e trouxe como tema a Democracia) desta vez aborda tema latente para a cidade de São Gonçalo: Dignidade Humana garantida na Constituição Federal de 1988.

Organizada pelo Movimento Cidade no Feminino e pelo Festival Literário de São Gonçalo em parceria com o Fórum de Desenvolvimento Sustentável e Resistência Democrática (FDSRD/SG) e com o Grupo Liberdade Santa Diversidade, junto a diversos outros movimentos da cidade, a Marcha pretende evidenciar a situação do município no que tange a violação de diversos direitos como saneamento básico, segurança alimentar, segurança pública, moradia. O advento das chuvas de janeiro e fevereiro que deixaram centenas de famílias desabrigadas e provocou cinco mortes no município impulsionou os movimentos a tratarem dos direitos fundamentais, na Marcha.

O Relatório Trata Brasil publicado no último dia 20 de março traz o ranking das 100 maiores cidades do Brasil e não tem boas notícias para São Gonçalo. O município pulou de 94°lugar, em 2021 para 96° lugar, em 2022. E não fossem os números oficiais, a população já sente na carne esta piora, apesar da oportunidade de investimento de mais de 1 bilhão de reais que o município recebeu com a privatização da CEDAE. A população quer saber: Onde está o dinheiro?

Em outros quesitos, São Gonçalo apresenta péssimo desempenho também. Na educação, a redução de direitos e salários dos profissionais que penam com a falta de condições de trabalho;  na Saúde, casos absurdos de negligência, como o de uma criança que entrou no Hospital Municipoal Luiz Palmier com uma alergia e teve a cabeça do dedo amputada por uma tesoura; as barricadas, tema de campanha do prefeito em exercício, foi matéria do Fantástico, como o município onde o crime organizado mais avançou;  falta de acessibilidade para pessoas com deficiência, índices de violência contra a mulher em alta, enfim, são diversos os fenômenos sociais que se agravam a partir da negligência do poder público.

Se compararmos a situação de São Gonçalo com as situações do território Yanomami, em Roraima, de São Sebastião, em São Paulo e de Bagé, no Rio Grande do Sul, veremos que não estamos muito distantes dos tipos de calamidade pública que assolaram estes locais e que tiveram força tarefa do Governo Brasileiro. A calamidade pública em São Gonçalo também exige atenção especial do Governo Brasileiro e, neste contexto, estão sendo convidadas autoridades nacionais e estaduais para que se organize ações emergenciais e de médio e longo prazo para atender as demandas da população gonçalense, que são muitas.

A concentração da Marcha está marcada para às 9h, do dia 25 de Março, na Rua Salvatore, 8, Espaço Repartição e seguirá até a Praça Marisa. Em seguida,  lideranças de movimentos sociais e comunitárias se reunião no Espaço Mais Conhecimento,  no Partage Shopping, no segundo piso, loja 269, para traçar estratégias de resgate da dignidade humana, em São Gonçalo. Será entregue às autoridades presentes o Dossiê “SOS São Gonçalo”, que apresenta as diversas formas de violação de direitos que vêm ocorrendo no município, especialmente nas áreas de saúde e saneamento básico.

Já confirmaram presença, as vereadoras Janilce Magalhães (PSOL/SG) e Priscilla Canedo (PT/SG), o vereador Romário Régis (PDT/SG) e o Deputado Federal Dimas Gadelha e, Lindbegh Farias e a Deputada Benedita da Silva, do PT. Outras autoridades no âmbito do poder executivo nacional e estadual foram convidadas e a organização aguarda confirmação, a saber: Secretaria de Estado de Educação, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, DETRAN, Ministério dos Direitos Humanos, Ministério das Mulheres, Ministério da Igualdade Racial.

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