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Maria Firmina: A primeira romancista negra do Brasil

Foto: Reprodução

A importância e relevância desta figura feminina para a literatura brasileira 

 

Maria Firmina Dos Reis foi uma escritora romancista brasileira, professora, musicista e a criadora da primeira escola mista do Brasil. Nascida em 11 de março de 1822, na Ilha de São Luís, no Estado do Maranhão, recebeu em sua homenagem o “Dia da Mulher Maranhense”, comemorado no dia 11 de março. 

Defensora da abolição, em 1887 publicou na imprensa o conto “A escrava”, texto abolicionista empenhado em se inserir como peça retórica no debate então vivido no país em torno da abolição do regime servil.

O romance indianista brasileiro tinha, até então, José de Alencar, como o único autor consagrado nessa temática. Entretanto, a autora também escreveu uma obra do gênero, Gupeva, de 1861, posterior à O guarani (1857) e anterior a Iracema (1865) e Ubirajara (1874), a trilogia indianista de José de Alencar. Na prosa indianista romântica, o índio é tratado como herói nacional. O objetivo principal dessas obras era despertar o sentimento de nacionalidade nos leitores da época.

 Foi responsável por escrever o primeiro romance abolicionista no Brasil, o livro “Úrsula”, publicado em 1859. Na história, Maria Firmina traz a narrativa de um triângulo amoroso em que os personagens são pessoas negras que fazem parte do sistema escravocrata. A partir disso, ela começou a escrever para vários jornais, nos quais publicou alguns de seus poemas.

Em 1880, adquiriu o título de mestre régia. Nesse mesmo ano, criou uma escola gratuita para crianças, mas essa instituição não durou muito. Por ser uma escola mista, a iniciativa da professora, na época, causou insatisfação em parte da sociedade do povoado de Maçaricó. Assim, a escritora e professora entrou para a história como a fundadora, segundo Zahidé Lupinacci Muzart, da “primeira escola mista do país”.

Era filha de uma escrava alforriada, Leonor Felipa dos Reis e, provavelmente, de João Pedro Esteves, um homem muito rico da região. Maria Firmina faleceu em 1917, pobre e cega, no município de Guimarães.

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