Favela como nome próprio, como adjetivo, como protagonista, como sinônimo e como identidade. Esse é o resumo do espetáculo “Meu nome é Favela” realizado pelo Ballet Manguinhos, que será apresentado de forma gratuita na Arena Dicró, no dia 3 de dezembro – às 15h.
A apresentação marca os dez anos da instituição, que leva com orgulho o nome do local onde nasceu e cresceu. Segundo Daiana Ferreira, fundadora falecida por sintomas da COVID-19 em janeiro de 2021, ao escolher o nome Ballet Manguinhos: “levamos ao mundo não só nossas dores, mas nossas alegrias e arte” e, assim, é a rotina todos os dias na sede.
Dos becos às lajes, da roda de samba ao baile funk, da pipa no céu à bola de gude no chão, tudo o que faz da favela potência é o que será levado ao palco. Esses espaços são referência de resistência e empoderamento. Representam mais de 11 milhões de favelados no Brasil. Um número invisível para alguns, mas que grita por voz diariamente. O propósito do Ballet Manguinhos esse ano é gritar em conjunto, dar voz ao favelado por meio da dança e da arte.
Ao trazer mais de 170 bailarinos ao palco é necessário juntar essa identificação com o que os alunos vivem todos os dias, além de uma forma de representatividade na arte que a favela produz. É mostrar o coração da comunidade, e, ao final, deixar o recado “Meu nome é Favela”, com muito orgulho.
Curiosidades sobre o espetáculo:
- O espetáculo tem do ballet clássico ao funk e samba;
- Narra as dores e alegrias do que é ser favelado;
- Tem homenagem à Daiana Ferreira (fundadora do Ballet Manguinhos);
- O espetáculo faz uma menção breve de outros projetos da favela;
- A maior parte do repertório dançado é de músicas brasileiras.
Serviço:
Arena Dicró – Parque Ary Barroso – Entrada pela rua Flora Lobo, s/nº