Areestruturação do Hospital Federal de Bonsucesso foi detalhada em reunião de representantes do Ministério da Saúde, do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ). A conversa, na tarde desta quarta-feira (6), esclareceu dúvidas sobre a situação funcional dos servidores.
O GHC, empresa pública do Ministério da Saúde 100% SUS, assumiu a gestão do hospital de Bonsucesso em 15 de outubro. A mudança faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, elaborado pela ministra Nísia Trindade.
As principais dúvidas são relacionadas à movimentação dos funcionários, carga horária, escala, fluxo de trabalho, remuneração e mudanças na unidade.
O diretor presidente do GHC, Gilberto Barrichello, destacou que há um cronograma de investimentos que resultará na reabertura de leitos, da emergência e na ampliação de serviços.
Ele sinalizou que a intenção do Grupo é que os servidores continuem trabalhando na unidade. “Se todos quiserem permanecer, contaremos com esses servidores e vamos trabalhar juntos. Queremos juntar nossas competências e qualidades para melhorar indicadores, assistência à população e mostrar que Bonsucesso pode voltar a ser hospital de referência”, destacou na reunião.
Barrichello adiantou que serão criados grupos com os servidores para se discutir metas, indicadores, necessidades do hospital e funcionamento da unidade. “Tudo que será feito respeitará o trabalhador e a carteira de serviços do hospital”, concluiu.
Plano de reestruturação
O Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro representa um compromisso do Ministério da Saúde em garantir um sistema de saúde mais robusto, acessível e de qualidade para todos.
O objetivo é restaurar a confiança da sociedade nos serviços oferecidos, assegurando que a população tenha acesso à saúde de forma digna e eficaz.
A reestruturação vai garantir todos os direitos dos servidores dessas unidades hospitalares. Haverá um processo de movimentação voluntária dos profissionais, que serão remanejados a outros locais de trabalho.
Os hospitais federais oferecem serviços de média e alta complexidade a uma população significativa. Atualmente, as unidades estão com emergências fechadas, leitos bloqueados, déficit de funcionários e dificuldades de abastecimento.
Atualmente, dois hospitais já iniciaram o processo de reestruturação. Além de Bonsucesso, na última sexta-feira (1º), Nísia Trindade assinou Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) para a fusão do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE).
Nos próximos seis meses, a unidade passará por um estudo conjunto preliminar que verificará a viabilidade de implantação de um novo hospital universitário.
A pasta também criou um canal de atendimento para tirar dúvidas de servidores sobre o plano de reestruturação. Os questionamentos são recebidos por e-mail e respondidos pela Coordenação de Gestão de Pessoas do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH). Ao todo, as unidades federais possuem 7 mil servidores efetivos e 4 mil temporários.