A menina fã da Rayssa Leal já pensa em ser atleta e disputar olimpíadas
O Brasil tem Rayssa leal, a Fadinha do skate, a atleta brasileira mais jovem a conquistar medalha de prata e o coração de esportistas, jornalistas e torcedores do mundo todo nas Olimpíadas de Tóquio. Assim como no Maranhão, lugar onde mora a skatista, o Rio de Janeiro também tem uma promessa para o esporte.
Aos 4 anos de idade, Elisa de Freitas Messias, a “Minnie” do Parque de Madureira, desliza nas pistas chamando atenção dos frequentadores do local pelo tamanho e desempenho nas manobras. Sempre acompanhada dos pais Leidiane Messias e Gilson Freitas, companheiro e incentivador na vida e no esporte, a pequena brinca e se diverte na pista.
Com apenas 1 ano e 10 meses Elisa ganhou um patinete da tia avó e logo começou a praticar. Ganhou confiança e passou a frequentar a pista Downhill. Foi paixão à primeira vista. O pai percebeu o interesse e a incentivou a andar em seu skate.
Ela adorou e não parou mais. Quando completou 3 anos de idade recebeu o seu primeiro skate. Apesar do incentivo, os pais afirmam que não cobram desempenho e que para ela é apenas diversão. “ Elisa ama andar de skate. É uma diversão, principalmente nos finais de semana” disse Leidiane.
A pequena é fã da Rayssa e tentou acompanhar a competição, mas dormiu no colo do pai antes do resultado. Assim como toda criança, Elisa gosta mesmo de brincar, se divertir e estudar: “Quero ser escritora e skatista. Também gosto de cantar, ler e escrever”, conta a menina.
O pai da Elisa, Gilson Freitas, é professor de educação física, é amigo e o seu companheiro de diversão: “Vamos ao Parque apenas para nos divertir, brincar e fazer novos amigos.
É importantíssimo ela praticar esporte, pois eu acho que a prática da atividade física, seja ela qual for, deveria ser realizada nos 4 cantos do nosso país por qualquer pessoa independente da classe social, idade, cor ou gênero”.
Gilson afirma que independente dela se tornar uma atleta de alto rendimento ou não, a prática do esporte irá prepará-la para a vida. No esporte, temos superação, desafios, dedicação, socialização, inclusão, queda, levante, perda, ganho; em suma, tudo isso ela poderá levar por toda sua vida. Além de fazer bem para o corpo, o esporte faz bem para a alma.
Já a mãe “coruja” entende que é um esporte bem radical para uma criança de 4 anos: “Meu coração fica acelerado, palpitando forte a cada descida de skate, e de patinete também; Mas ao mesmo tempo sinto uma vibração tão forte quando eu vejo a alegria dela e o seu belo sorriso estampado no rosto. Fico feliz quando ela consegue fazer o percurso e as manobras corretas do jeitinho dela”.
Leidiane sente dó em cada queda, cada ralado e machucados:” Mas ainda bem que inventaram, que beijinho de mãe e pai, cura tudo! Dou um monte de beijinhos, jogo água pra lavar o machucado e dou água para ela beber. Aí ela vai se acalmando, para de chorar e eu volto a incentivá-la a andar de skate novamente. A mãe repete a frase que o pai ensinou: “Caiu levanta e anda de novo”.
A conquista da Rayssa trouxe visibilidade para o esporte, mas o Brasil ainda precisa avançar no apoio e investimento para os atletas. “Nós, como pais da Elisa, vamos fazer de tudo para que no futuro ela possa ser uma grande atleta e faremos grandes sacrifícios, porém, quantos tem um talento em casa e não tem a oportunidade de ver os seus filhos praticando um esporte pela falta de investimento e de incentivo?!” Questionam Leidiane e Gilson, pais da menina.
Apesar das dificuldades e falta de infraestrutura, acreditamos e incentivamos o sonho dela, pois a Elisa afirma que quando crescer vai ser uma boa skatista. Com certeza é o nosso sonho também, pois temos fé de ver a nossa pequena “Minnie” um dia nos jogos olímpicos trazendo medalha!
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