Morreu nesta terça-feira, aos 90 anos, a atriz Léa Garcia. Ela estava no Festival de Gramado, onde seria homenageada pelo conjunto da obra com o troféu Oscarito. A informação foi confirmada pelos familiares de Léa, nas redes sociais.
“É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora na cidade de Gramado no @festivaldecinemadegramado da nossa amada Léa Garcia”.
Na TV, a primeira novela de Léa foi “Acorrentados”, de 1969, na Record. Antes disso, participou de programas como “Grande Teatro”, da TV Tupi, e “Vendem-se Terrenos no Céu”. Sua estreia na TV Globo aconteceu em 1970, em “Assim na Terra como no Céu”, obra de Dias Gomes.
Léa esteve no elenco de sucessos da TV Globo como “Selva de pedra”, de Janete Clair, exibida em 1972, e “Escrava Isaura”, adaptação de Gilberto Braga para a obra de Bernardo Guimarães, no ar em 1976. Nesta novela, fez sua primeira vilã e sofreu represálias na rua.
Nos anos 2000, participou ainda de “O Clone”, em 2002, novela de Glória Perez na TV Globo; “A Lei e o Crime”, em 2009, de Marcílio Moraes para a Record; a série do Globoplay “Assédio”, em 2018, escrita por Maria Camargo, entre outras participações. No dia 25 de agosto, entra no ar no Canal Brasil “Vizinhos”, um de seus últimos trabalhos.
Foram mais de 30 participações no cinema, entre curtas e longas-metragens, que renderam a Léa prêmios nacionais e internacionais. Além da indicação como melhor atriz do Festival de Cannes com “Orfeu negro”, seu primeiro filme, a carioca foi eleita melhor atriz, inclusive pelo júri popular, do Festival de Gramado por “Filhas do vento” (2005), de Joel Zito Araújo. Gramado a premiou novamente como melhor atriz de curta-metragem por “Acalanto”, em 2013. Este mesmo curta lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Brazilian Film Festival of Toronto, no Canadá.
Seu último filme foi “Barba, Cabelo & Bigode” (2022), da Netflix, dirigido por Rodrigo França.