Jornal DR1

JORNAL DR1

Edições impressas

Morre “Clarinha”, mulher internada há duas décadas sem identificação no Espírito Santo

Calrinha-Fonte-Tribuna-Online

Mulher foi atropelada em 2001 e entrou em estado de como vegetativo; em 24 anos, nenhum parente foi procurá-la no hospital

Na noite desta quinta-feira (14), faleceu Clarinha, uma mulher que intrigou autoridades e equipe médica ao permanecer em coma por 24 anos sem identificação. O óbito foi confirmado pelo coronel Jorge Potratz, médico responsável pelo caso desde o início.

Clarinha foi encontrada em estado grave após ser atropelada no Dia dos Namorados de 2000, no Centro de Vitória. Sem documentos e sem identificação do veículo responsável pelo acidente, ela foi internada no Hospital da Polícia Militar (HPM), onde permaneceu em estado vegetativo.

Apelidada de “Clarinha” devido à cor clara da pele, ela se tornou um mistério para a equipe médica e para as autoridades locais. Mesmo após uma reportagem exibida no Fantástico, que gerou mais de 100 possíveis identificações por famílias que procuraram o Ministério Público, nenhum parentesco foi confirmado.

O médico Jorge Potratz, emocionado, lamentou não ter resolvido o mistério em torno da identidade de Clarinha nem encontrado sua família ao longo desses anos. Ele destacou que, mesmo após a morte, a equipe médica está empenhada em proporcionar um enterro digno para ela.

O corpo de Clarinha foi encaminhado ao Departamento Médico Legal de Vitória para procedimentos legais. A Diretoria de Saúde da Polícia Militar acionou o Ministério Público para as medidas administrativas necessárias para o sepultamento.

Após uma vida em coma, Clarinha ainda permanece como um enigma não solucionado, mas sua equipe médica continua lutando para lhe oferecer dignidade até o último momento. O corpo aguarda liberação para o sepultamento.

Confira também

Nosso canal

Mulheres que Fazem a Diferença