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Morre Luiz Fernando Veríssimo, mestre do humor e da crônica brasileira, aos 88 anos

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O Brasil se despede neste sábado, 30 de agosto, de um dos maiores nomes da literatura e do jornalismo contemporâneo: Luiz Fernando Veríssimo, que faleceu em Porto Alegre, aos 88 anos. Escritor, cronista, tradutor, cartunista e jornalista, Veríssimo marcou gerações com seu olhar irônico, terno e sagaz sobre a vida, a política, o amor e o comportamento humano.

Autor de mais de 60 livros, incluindo romances, crônicas, contos e obras de humor, Veríssimo conquistou leitores com sua escrita leve, inteligente e repleta de humor refinado. Filho do também escritor Érico Veríssimo, ele construiu uma identidade própria, sendo um dos cronistas mais lidos da imprensa brasileira por décadas.

Sua obra atravessou fronteiras, mas sempre manteve um traço genuinamente brasileiro: a habilidade de transformar o cotidiano em literatura e, sobretudo, em reflexão.

Entre tantas frases memoráveis, Luiz Fernando Veríssimo deixa um legado de sabedoria, humor e ironia:

“O mundo não é ruim, só está mal frequentado.”

“Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.”

“Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido.”

“O futuro era muito melhor antigamente.”

“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data.”

“Brasil: esse estranho país de corruptos sem corruptores.”

Sua escrita, sempre afiada, navegava entre o riso e a melancolia, mostrando que o humor pode ser, também, uma forma de sabedoria.

Com sua partida, o Brasil perde um de seus maiores cronistas, mas ganha a eternidade de uma obra que seguirá inspirando e divertindo leitores. Como ele mesmo escreveu: “Passamos a vida inteira nos preparando para nossa morte e quando ela vem não podemos assistir”.

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