Em todo o Planeta nas últimas décadas, bilhões de toneladas de gases de efeito estufa foram e ainda continuam sendo lançados na atmosfera, principalmente por conta da combustão de combustíveis fósseis para geração de energia e transporte. O resultado destas emissões diárias no mundo a gente percebe na poluição do ar que respiramos e ainda nas mudanças climáticas que são impulsionadas pelas nossas atividades. Estamos observando a cada dia que passa, ondas de calor recorrentes e cada vez mais extremas, como as que estão neste momento atingindo a Europa. A combinação destes dois fatores causam impacto não só na saúde física e mental das crianças e dos bebês mas também atingem os fetos, uma vez que que o aquecimento global está associado à parto prematuro e baixo peso ao nascer segundo novo relatório do Jornal de Medicina da Nova Englaterra.
A mudança climática acaba multiplicando as ameaças aos bebês e crianças. Estes respiram mais ar que nós, adultos. E como as suas vias aéreas são estreitas, acabam sendo vulneráveis à poluição do ar. Inclusive a medicina agora entende a poluição do ar como uma das causas de asma. É também um fator de risco para infecções respiratórias, bronquite, redução da cognição, problemas de atenção, transtornos de déficit de atenção e hiperatividade, traços autistas na infância, além de prejudicar o crescimento e a função pulmonar, sem mencionar os riscos de morte infantil que aumentou.
A exposição à poluição do ar ainda está associado também à problemas de saúde mental como à sintomas de depressão em crianças de 12 anos.
Outro grande problema é que eles passam bastante tempo ao ar livre desenvolvendo algum tipo de atividade física, estando mais vulneráveis ao calor intenso.
A proteção da saúde infantil demanda dos atuais profissionais da saúde que estes compreendam melhor os efeitos das mudanças climáticas e poluição do ar para poderem traçar estratégias para tentarem reduzir os danos.