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Museu de Ciências da Terra e Prefeitura do RJ firmam parceria para ações em áreas públicas

Praças e áreas públicas da cidade do Rio de Janeiro devem receber, nos próximos meses, uma série de ações educativas no contexto das geociências. Isto será possível a partir da parceria formalizada na última quarta-feira (18) pelo Museu de Ciências da Terra (MCTer), que é administrado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), com a Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Fundação Parques e Jardins (FPJ).

Para celebrar a parceria, as duas instituições realizaram hoje uma ação no Parque Garota de Ipanema, em frente à praia do Arpoador, com a apoio do Projeto Ondas e a participação de cerca de 350 pessoas, entre moradores da região, crianças e adolescentes de escolas públicas municipais.

A atividade marcou também as comemorações em alusão ao Dia Nacional dos Museus, celebrado neste 18 de maio, fazendo parte da programação oficial da 20ª Semana Nacional dos Museus — que, neste ano, tem como tema “Poder dos Museus”. O evento é uma das ações da Política Nacional de Museus do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e tem como objetivo mobilizar os museus de todo o país a partir de um esforço de convergência de suas programações em torno de um mesmo tema.

Coordenada pelo Núcleo de Educação do MCTer, a ação no Parque Garota de Ipanema faz parte do programa Museu em Movimento e contou com a exposição de minerais e fósseis do acervo do MCTer, além de atividades lúdicas, pintura, contação de história e doação de mudas. Coordenadora-geral do MCTer, a museóloga Célia Corsino enfatiza a importância da atividade e destaca a parceria firmada com o órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro.

“Celebramos hoje o Dia Nacional do Museu e tivemos a grata satisfação de formalizar a parceria com a Prefeitura, por meio da Fundação Parques e Jardins, com a assinatura do nosso Termo de Cooperação Técnica. A partir de agora, áreas da cidade como o Parque Garota de Ipanema receberá o nosso projeto Museu em Movimento, com ações educativas para difundir as geociências e ensinar crianças, adolescentes e adultos sobre geologia, recursos minerais e paleontologia, levando parte do nosso acervo às áreas públicas da cidade. Com isso, a gente quer demonstrar todo o poder dos museus. Os museus não são apenas em estrutura interna. A gente tem que estar onde o nosso público está e assim faremos”, afirmou Corsino.

O paleontólogo Diógenes de Almeida Campos, que é o curador-chefe dos acervos do MCTer, acompanhou a atividade em Ipanema. Ao atender visitantes, ressaltou que uma das funções dos museus é difundir o conhecimento. “Nada melhor que difundir o conhecimento por meio daqueles que estão mais preparados para receber: as crianças e os jovens. O museu não é uma escola, mas também ensina e fornece informações que complementam o que é ensinado em sala de aula. Isso é extremamente importante e é uma das funções dos museus, além de realizar pesquisa científica, adquirir e conservar materiais, ampliando o conhecimento para toda a sociedade”, disse o curador.

O presidente da FPJ do Rio de Janeiro, Fernando Carnevale, reiterou a importância da parceria firmada e os benefícios gerados à cidade. “É trazer, além do lazer e qualidade de vida que as praças e parques do Rio já proporcionam ao carioca, trazer também conhecimento. Vamos trazer o Museu de Ciências da Terra para os locais públicos para levar conhecimento à população e às crianças das escolas municipais, de toda a cidade”, afirmou o presidente ao assinar o Termo de Cooperação Técnica.

A ação itinerante do MCTer recebeu diversas turmas de estudantes, entre crianças e adolescentes, da manhã ao período da tarde. Uma delas foi da Escola Municipal Castelnuovo, situada em Ipanema. A coordenadora pedagógica da instituição, Pérola Domingues, destacou que a iniciativa é uma importante oportunidade para que os alunos possam sair do espaço da escola e fazer atividades que relacionam diversas disciplinas, além de permitir maior convívio com a natureza.

“A gente sabe que fica cansativo para os alunos atividades somente em sala de aula, então valorizamos muito quando recebemos convites para visitar uma instituição cultural ou um parque. A gente quer que eles ocupem estes espaços, conhecendo mais da cidade e tendo essa oportunidade de ter outras experiências diferentes da que eles têm dentro da escola”, disse a coordenadora.

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