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Museu do Amanhã sedia Prêmio Escritas Pretas

No último domingo (31), o Museu do Amanhã sediou o evento Escritas Pretas – Prêmio de Reconhecimento Literário, realizado pela ABL (Academia Brasileira de Letras) Pretas e Originárias Aquilombando. O evento tem como objetivo potencializar e exaltar os grandes artistas, instituições, escritores negros e indígenas brasileiros.

O produtor cultural Alberto Rodrigues explicou sobre a importância da homenagem.

“O prêmio tem como objetivo viabilizar e potencializar as nossas produções literárias tanto da literatura preto brasileira, afro brasileiro e indígena. O mercado tenta negar a nossa existência, produção e o nosso conteúdo, então provamos hoje e prestamos essa homenagem a essas pessoas”, disse.

“Esse prêmio é importante para além da representatividade, é para mostrarmos que estamos atuantes, e descentralizar essa arte e cultura. Assim como, potencializar as pessoas que fazem a cultura nas bases, pessoas que fazem a manutenção da cultura, ou seja, pessoas pretas, periféricas, favelados e que precisam ser visibilizados”, afirmou.

O escritor Rodrigo França foi um dos homenageados na tarde de domingo.

“Esse evento é motivo de celebração. Nós falamos tanto sobre denúncias, violência, mas precisamos também de momento de cura. Acho que encontrar todas as gerações que estão nesse processo de escrita, de responsabilidade de narrativa com o nosso povo é fundamental. Fico muito lisonjeado, porque é uma responsabilidade com tudo aquilo que estou venho fazendo,escrevendo, e com o reconhecimento dos meus pares. E isso mais rico do que qualquer outro prêmio, aos saber que pessoas mais experientes e mais velhas estão reconhecendo o que estou fazendo”, disse o escritor.

Para o ator Deo Garcez, a homenagem significa reconhecimento. “Estou me sentindo honrado e feliz. É um privilégio muito grande esse reconhecimento de uma vida dedica à arte de interpretar. E consequentemente, através do espetáculo ‘Luiz Gama – Uma luta pela Liberdade’, que foi escrito por mim e em parceria com o diretor Ricardo Torres, onde construímos essa dramaturgia que está há sete anos em cartaz”, disse o ator.

“Nós devemos sempre levantar a coroa da representatividade, mostrando para o Brasil onde o racismo estrutural está tão presente, então esse reconhecimento é fundamental. É fundamental para que a gente não contribua com o não apagamento dessa história preta e com as personalidades pretas, que são tão importantes para a construção desse país”, contou.

A homenagem contou a presença da Federação da Academia de Letras no Brasil (FALB), na representação da vice-presidente Dr. Ana Cristina Campelo. O diretor de redação do jornal DR1 Carlos Augusto Aguiar também esteve presente.

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