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Mussum: eterno Trapalhão

Para satirizar sua condição de negro, dizia “nego é o teu passadis” e “Eu quero morrer pretis se eu estiver mentindo”.

Antônio Carlos Bernardes, conhecido nas telinhas como Mussum, foi um famoso humorista, ator e sambista brasileiro. Fez parte do quarteto “Os Trapalhões” e do grupo musical “Originais do Samba”.

Nascido no subúrbio do Rio de Janeiro, mais precisamente no morro de Cachoeirinha, em Lins de Vasconcelos, no dia 07 de abril de 1941. Filho de uma família humilde, sua mãe era empregada doméstica, analfabeta, que aprendeu a ler com o próprio filho. 

Para ajudar sua família, muito jovem Mussum se formou em ajudante de mecânico em 1957. Ingressou na Força Aérea Brasileira onde permaneceu durante oito anos, chegando a cabo, e em paralelo ingressou em sua carreira musical tocando no grupo musical “Os modernos do samba”. Os músicos gravaram mais de dez LPs e ganharam três discos de ouro: ‘Tragédia no Fundo do Mar’, ‘Esperanças Perdidas’ e ‘Do Lado Direito da Rua Direita’.

Teve sua estreia na Globo no ano de 1966, o programa humorístico ‘Bairro Feliz’, com os colegas do Originais do Samba. Já no ano seguinte foi convidado pelo Chico Anysio para trabalhar na TV Tupi, onde participou do programa ‘Escolinha do Professor Raimundo’. Foi neste mesmo período que ele criou sua marca ao pronunciar as palavras com a última sílaba terminadas em “is” – como em “portuguesis”.

Seu apelido foi dado pelo comediante Grande Otelo -que já foi uma das personalidades desta coluna – o apelido era uma referência a um peixe escorregadio e liso, pois o humorista sabia sair facilmente de situações embaraçosas. Inicialmente como Muçum e logo em seguida com a mudança na grafia: Mussum, que se tornou de fato seu nome artístico.

Em 1973, Mussum começou a integrar o grupo humorístico “Os Trapalhões”, na época, formado por Renato Aragão, o Didi Santana e por Manfried Sant’Anna, o Dedé Santana. No ano seguinte, com o ingresso de Mauro Gonçalves, o Zacarias formou o quarteto. O humorista continuou no grupo durante 20 anos, o sucesso estrondoso do programa o fez se tornar um dos humorísticos de maior audiência da televisão brasileira. Mussum gravou mais de 30 filmes com o grupo.

O programa ficou no ar até 1994, ano em que o humorista faleceu – o quarteto já tinha perdido Zacarias, que havia morrido em 1990. Mussum morreu de complicações ocorridas após o transplante de coração.

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