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My Hero – Generations Heat’: bateria especial organizada pela WSL vai reunir pais e filhos no Dia das Crianças

Surfistas profissionais interagem com os pais e invertem papéis durante o Corona Saquarema Pro 2024

Imagine só a seguinte situação: Praia de Itaúna, Saquarema, litoral sul do Rio. Na areia, com os pés na água, o filho passa orientações ao pai, posicionado dentro do mar. Com gestos, indica a melhor posição, esbraveja, cobra, dá bronca. A intenção é a de que o pai aproveite as melhores ondas disponíveis e surfe bem, realizando as melhores manobras.

Por outro lado, dentro da água, o pai curte o momento com a clara sensação de estar de volta a um passado não tão distante. Relembra, a cada minuto, a paixão que nutriu pelo surfe ao longo dos anos e que foi capaz de transmitir para o filho, hoje um profissional da modalidade.

Essa é exatamente a proposta que tem a bateria ‘My Hero – Generations Heat’, uma das ativações que acontecerão no Corona Saquarema Pro 2024 apresentado por Banco do Brasil, válido como etapa final do Challenger Series (CS), que acontece neste sábado (12), a partir das 16h, e que colocará frente a frente algumas famosas famílias do surfe para uma dinâmica de Pais e Filhos, proposta pela World Surf League (WSL), em alusão ao Dia das Crianças.

“Perante os olhos de um pai ou de uma mãe, independentemente da idade, sempre somos crianças. A ideia é dar oportunidade para esses atletas se colocarem um pouco no papel do pai, que fica ali na areia dando instruções, treinando, torcendo, se emocionando e sofrendo. E, com isso, que eles possam ter um pouco da visão de quem está do outro lado”, explicou Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina.

Quando a buzina tocar para o início da prova, o resultado esportivo será deixado completamente de lado. O mais importante na bateria será a intensificação das relações humanas e familiares entre os pais e os filhos.

Ao todo, quatro famílias estão confirmadas para a ação: os Hinckel, representados por Tainá e Carlos Kxot; os Raupp, com Laura e Gustavo; os Monteiro, com Raoni e Ronaldo Jacaré; e os Mueller, nas figuras de Sandro e Heitor.

Pai de Heitor, Sandro Mueller não esconde a ansiedade em participar da prova e prevê um posicionamento bastante rigoroso do filho: “Ele vai ser bem crítico, pegar bastante no meu pé na questão de posicionamento e jogo de bateria, que basicamente é o que eu faço com ele. Acho que ele só vai me devolver em uma proporção maior”.

Heitor, no entanto, promete pegar leve e quer ver Sandro se divertir: “Ele é meu técnico, então ele não tem muito tempo para estar surfando, nem treinando. Antigamente ele era um surfista assíduo, mas com o passar do tempo se adaptou para virar meu técnico. Espero que ele possa se divertir e eu, ali fora, estarei olhando o mar. Aqui [em Saquarema] já sei bem como é, já competi várias vezes aqui, então vou estar ali indicando a ele a melhor posição”, falou.

Mãe da surfista Laura Raupp, Giorgia acredita que a dinâmica será divertida e trará lições para toda a família: “Algumas vezes, quando o Gustavo vai surfar e fico filmando, a Laura já dá os pitacos dela. Assumir essa posição como técnica, principalmente na hora de uma bateria, vai ser importante para ela se colocar no lugar de quem está fora da água. Será importante enxergar de outra maneira tentando se comunicar, ver se a pessoa que está lá dentro está entendendo o que ela quer passar, se vai fazer e concordar com o que ela pede. Vai ser bem interessante”.

“A mesma coisa para o Gustavo estar na posição de competidor lá dentro, recebendo as instruções da filha, de tomar a decisão dele, de seguir o que o treinador está pedindo. Acho que vai ser muito interessante e engraçado”, acrescentou Giorgia.

Já Carlos Kxot, pai de Tainá Hinckel, atleta que esteve presente na Olimpíada de Paris, brincou: “Não esperem muita coisa, mas minhas manobras batidas, rasgadas vai ter”, falou. “Nós conversamos constantemente analisando o mar. Acredito que a dica seja pegar onda boa, tentar surfar melhor”, completou o veterano.

Tainá, que já foi espectadora do pai em alguns momentos, terá a chance de pela primeira vez palpitar sobre as decisões dele dentro do mar. “Eu não imaginei poder estar sendo técnica do meu pai. Sempre acompanhei ele nas competições quando ele ainda estava competindo. Fazem muitos anos que eu não vejo ele vestir uma lycra, então é muito especial para mim. Fico mais nervosa que ele, eu acho e quero ser a melhor coach pra ele poder pegar as ondas boas, as ondas certas”, ponderou a atleta olímpica.

Ronaldo Jacaré corrobora da ideia e elogia a ação: “Juntar pais e filhos sempre será uma iniciativa muito positiva. Acho que meu filho vai me dar muita bronca e vai me zoar bastante também. Mas o feedback dele será muito bem-vindo, porque o cara entende muito. Ele fez parte da elite durante um bom tempo, então, acho que sou um privilegiado de ter um coach como meu filho. Será muito legal”.

O Corona Saquarema Pro 2024 apresentado por Banco do Brasil, realizado pela World Surf League (WSL), última etapa do Challenger Series (CS), acontece entre os dias 12 e 20 de outubro, na Praia de Itaúna, e vai coroar os novos atletas que farão parte do Championship Tour (CT) 2025, torneio que reúne os melhores surfistas do mundo.

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