A inteligência artificial já se consolidou como motor de transformação em diversos países, mas no Brasil a realidade ainda mostra um ritmo lento de adoção. Apenas 7,9% das empresas afirmam ter integrado a IA generativa de forma plena em seus processos. Por outro lado, 29,7% ainda não deram nenhum passo, o que evidencia um atraso preocupante em relação ao cenário global.

Grande parte das organizações permanece em estágios iniciais: 36,7% estão em fase de pilotos e 25,7% em integrações parciais. Além disso, 52,6% ainda não possuem uma estratégia formal de IA, o que limita a capacidade de expandir projetos de maneira estruturada.

A falta de governança também chama atenção. Quase 75% das empresas não têm profissionais dedicados exclusivamente ao tema e 46,1% não estabeleceram normas claras para uso ético da tecnologia. Essa lacuna expõe riscos de uso indevido, além de reforçar a dependência de soluções estrangeiras.

Especialistas alertam que a baixa maturidade na implementação de IA pode comprometer a competitividade das empresas brasileiras e até mesmo a soberania tecnológica do país. O desafio, agora, é transformar a curiosidade e os testes isolados em políticas concretas, capazes de gerar ganhos reais de produtividade, inovação e crescimento sustentável.