Cientistas do Laboratório Nacional Brookhaven do Departamento de Energia dos EUA (DOE) e da Universidade de Columbia desenvolveram uma maneira de converter dióxido de carbono em nanofibras de carbono, materiais com uma ampla gama de propriedades únicas.
Cientistas usaram reações eletroquímicas e termoquímicas em tandem (reação orgânica intramolecular) executadas em temperaturas e pressão ambiente relativamente baixas. O estudo foi publicado na revista Nature Catalysis , esta abordagem poderia reter com sucesso o carbono numa forma sólida útil para compensar ou mesmo alcançar emissões negativas de carbono. Por exemplo, você poderia colocar nanofibras de carbono no cimento para fortalecê-lo além de reter o carbono no concreto por pelo menos 50 anos. Outro benefício desta técnica é que o processo também produz gás hidrogênio, combustível alternativo promissor que, quando utilizado, não gera emissões.
A ideia de capturar CO2 ou convertê-lo em outros materiais para combater as alterações climáticas não é nova. Mas simplesmente armazenar gás CO 2 pode causar vazamentos. E muitas conversões de CO2 produzem produtos químicos ou combustíveis à base de carbono que são utilizados imediatamente, o que liberta CO2 de volta para a atmosfera.
A novidade deste trabalho é que estão tentando converter o CO2 em algo com valor.
Mas não é uma questão simples extrair carbono do dióxido de carbono e fazê-lo reunir-se nestas estruturas de pequena escala, é necessário temperaturas superiores a 1.000 graus Celsius.
Entretanto, através do método utilizado pelos pesquisadores, os mesmos conseguiram realizar o processo de mitigação do gás carbono com uma temperatura em torno de 400 graus Celsius, que é uma temperatura muito mais prática e alcançável industrialmente.
Esta pesquisa “abre uma porta” para mais uma estratégia de mitigação do CO2 e, ainda, a criação de produtos valiosos de carbono sólido e, de quebra, a produção de hidrogênio.