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Nosso Planeta: Deficiência visual e altas temperaturas

Em uma sociedade baseada sobre a capacidade de ver, a visão torna-se talvez o mais dominante de nossos sentidos, sendo importante em todo o momento das nossas vidas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde em seu relatório sobre a visão, todos nós que alcançarmos a longevidade, desenvolveremos algum tipo de doença ocular. Atualmente a estimativa é que 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo já apresentam algum problema.

Acontece que em um mundo que vivencia alterações climáticas, dentre elas, altas temperaturas, estas passaram a ser consideradas como agravantes para diversos problemas de saúde. O mais recente aponta uma ligação entre o clima quente e a deficiência na visão.

Pesquisadores da Universidade de Toronto, analisando dados levantados pela American Community Survey, perceberam que os americanos mais velhos que viviam em lugares mais quentes, apresentaram uma tendência a desenvolverem problemas de visão se comparados com os americanos da mesma faixa etária que viviam em lugares mais frios.

O estudo publicado na revista eletrônica Ophthalmic Edipemiology, mostrou que pessoas com mais de 65 anos que viviam em temperaturas acima de 15,5º tinham uma chance maior de 44% de desenvolver um problema de visão grave quando comparado com aqueles que viviam em cidades cuja temperatura média era de 10º. Já pessoas em cidades com temperatura média acima de 12,80º apresentaram risco maior de 24%.

Embora o estudo aponte uma ligação entre deficiência visual e altas temperaturas, novas pesquisas precisam ser realizadas para comprovar se o aumento das temperaturas globais é realmente a causa do problema de visão, segundo os pesquisadores.

Se a associação realmente for considerada causal, o aumento previsto na temperatura global poderá aumentar a deficiência visual da população mundial, sobrecarregando os gastos com a saúde.

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