Apenas 5% das empresas estão colhendo valor real da inteligência artificial generativa. Apesar dos mais de US$ 30 bilhões investidos, a maioria das iniciativas fracassa em gerar impacto significativo nos resultados de negócios, segundo o relatório State of AI in Business 2025. Esse fenômeno é chamado de GenAI Divide — um abismo entre a adoção massiva da tecnologia e sua transformação efetiva nos processos empresariais.
Ferramentas como ChatGPT e Copilot melhoram a produtividade individual, mas raramente se conectam aos fluxos críticos das organizações. Já sistemas personalizados ou de fornecedores enfrentam alta taxa de falha por falta de aprendizado contínuo, memória e integração com as operações reais.
Enquanto isso, uma “economia sombra da IA” se fortalece: funcionários utilizam ferramentas pessoais para automatizar tarefas com eficiência, mesmo sem suporte oficial da empresa.
O relatório também destaca um viés nos investimentos: mais da metade do orçamento vai para áreas visíveis como marketing e vendas, apesar dos maiores retornos estarem em setores como atendimento, finanças e operações.
As empresas que cruzam esta divisão adotam uma nova postura: compram soluções adaptadas, exigem resultados mensuráveis e priorizam integração real ao ambiente de trabalho.
O próximo passo dessa evolução, segundo a pesquisa, é a Agentic Web — uma nova camada digital formada por agentes autônomos que aprendem, se comunicam e executam processos de forma coordenada. Cruzar o hiato que divide o uso da IA é urgente. Quem não agir agora corre o risco de ficar permanentemente preso do lado errado dessa transformação.





