A inteligência artificial (IA) está revolucionando o reaproveitamento de medicamentos, especialmente para o tratamento de Alzheimer e doenças raras, acelerando o desenvolvimento de terapias e tornando-as mais acessíveis. A geneticista Dra. Gyungah Jun lidera pesquisas que utilizam IA para identificar novos usos de medicamentos aprovados, especialmente em Alzheimer, prevendo sua eficácia em diferentes perfis genéticos. Ao agrupar dados genéticos e moleculares, a IA permite prever respostas personalizadas e acelerar o desenvolvimento de uma medicina de precisão.

Em paralelo, pesquisadores aplicam técnicas inovadoras como o “zero-shot learning” para explorar soluções em doenças raras que carecem de tratamentos específicos. Essa técnica permite que a IA encontre possíveis medicamentos para patologias sem tratamento conhecido, utilizando padrões geométricos de moléculas para prever efeitos terapêuticos. Na Universidade Harvard, a Dra. Marinka Zitnik e equipe adotam essa abordagem para criar conexões entre medicamentos existentes e doenças raras negligenciadas, reduzindo o tempo e os custos associados ao desenvolvimento de novos medicamentos.

A IA também facilita a análise de imagens celulares, oferecendo novas perspectivas para identificar compostos promissores e reaproveitar fármacos que já passaram por testes de segurança. Laboratórios como o Carpenter-Singh Lab, do Broad Institute, usam visão computacional para mapear interações medicamentosas em milhares de doenças, ampliando as possibilidades de terapias.

Essas iniciativas indicam um futuro promissor, no qual a IA ajuda a superar os desafios no desenvolvimento de medicamentos, especialmente para condições negligenciadas. Ao reaproveitar fármacos já conhecidos, a IA acelera a chegada de novas opções terapêuticas ao mercado, impactando positivamente a vida de pacientes com doenças complexas e pouco estudadas.