A inteligência artificial (IA) está revolucionando o desenvolvimento de medicamentos ao criar proteínas inéditas, um avanço que abre novas possibilidades terapêuticas para doenças como câncer e Covid-19. Modelos de IA, que utilizam técnicas semelhantes aos deepfakes, permitem que pesquisadores projetem rapidamente proteínas complexas, acelerando o desenvolvimento de vacinas e medicamentos.
A biotecnológica Absci, por exemplo, usa IA para desenvolver um anticorpo inovador para doenças inflamatórias intestinais, enquanto laboratórios de pesquisa exploram a IA para enfrentar o desafio das “proteínas não tratáveis” – aquelas sem locais acessíveis para ligação de medicamentos. Ferramentas como o “PocketMiner” detectam sítios de ligação ocultos, tornando possível o desenvolvimento de terapias para proteínas que antes eram intratáveis. Esse avanço é crucial em áreas complexas como câncer de mama e câncer de pâncreas, proporcionando novos caminhos para tratamentos.
O desenvolvimento de anticorpos personalizados é outro destaque. Na Stanford University, cientistas utilizam IA para prever mutações promissoras que elevam a eficácia de anticorpos, incluindo aqueles direcionados contra variantes virais, como a Ômicron, e tipos de câncer que evoluem constantemente para resistir a tratamentos.
Essas inovações indicam uma nova era na biotecnologia, onde IA e aprendizado de máquina diminuem o tempo e os custos de desenvolvimento de medicamentos. Ao tornar o processo mais acessível e rápido, a IA cria um futuro em que soluções médicas estão ao alcance de mais pessoas, transformando a saúde global.