A inteligência artificial (IA) está transformando o tratamento oncológico ao viabilizar a personalização dos cuidados para pacientes ainda nos primeiros estágios do câncer, especialmente em câncer de mama. Esse avanço resulta de um estudo liderado pela Dra. Christina Curtis, do Stanford Cancer Institute, que usa aprendizado de máquina para identificar subgrupos de pacientes com maior risco de recorrência da doença. Com esse perfilamento molecular, é possível ajustar tratamentos para pacientes diagnosticados com câncer de mama positivo para receptor de estrogênio (ER+) e negativo para HER2, fornecendo opções de intervenção mais eficazes desde o início.
A ferramenta BIOiSIM, da empresa VeriSIM Life, é um exemplo de como a IA pode otimizar o desenvolvimento de medicamentos. A plataforma analisa rapidamente potenciais interações medicamentosas, identificando compostos com menor toxicidade e alta eficácia, o que permite selecionar as terapias mais promissoras em menor tempo e a um custo mais baixo.
Outro avanço importante é o uso de “gêmeos biológicos digitais”, simulações em 3D criadas a partir de amostras de células e tecidos de pacientes reais. Esses modelos virtuais permitem aos pesquisadores prever com maior precisão como o tumor responderá a diferentes tratamentos. Empresas como a farmacêutica GSK estão utilizando essa tecnologia para desenvolver imunoterapias mais eficazes e personalizadas, aumentando a taxa de resposta e reduzindo os efeitos adversos.
Essas inovações indicam um futuro no qual o tratamento do câncer será mais rápido e eficaz, levando a um novo patamar de medicina personalizada. A IA tem se mostrado uma ferramenta poderosa, promovendo a agilidade necessária para que avanços da pesquisa cheguem ao paciente o quanto antes, beneficiando diretamente aqueles que necessitam de terapias específicas e otimizadas.