Você já ouviu falar em ciclo de “feedback climático”? Ou então “loop climático”?
Segundo os cientistas, tais “loops” seriam processos climáticos capazes de amplificar ou diminuir os efeitos das nossas emissões de gases de efeito estufa, dando início a uma reação cíclica em cadeia que irá se repetir continuamente, ou seja, um processo de mudança que causa aquecimento traz outra mudança que resulta em mais aquecimento. Portanto, amplifica os seus efeitos, produzindo uma “cascata climática. Nuvens, precipitação, esverdeamento ou escurecimento da floresta, o gelo branco e os vapores de água, são alguns exemplos de feedbacks que podem impactar tanto positivamente quanto negativamente na mudança climática.
Recentemente pesquisadores americanos e europeus descreveram 41 “feedbacks climáticos” com grandes implicações nas transformações climáticas e dois deles, por serem mais preocupantes, vale apena destacar. O primeiro é o derretimento do permafrost em decorrência do aumento das temperaturas. À media que o gelo derrete, gases de efeito estufa como o dióxido de carbono e metano que estavam “presos”, são liberados na atmosfera, levando aumento na temperatura média do planeta. Outro ciclo de feedback ligado ao derretimento do gelo, é o derretimento do gelo marinho do Ártico, que leva ao aquecimento da água, já que a diminui a camada de gelo que serve para refletir a radiação solar.
Os cientistas destacaram também que alguns loops climáticos que atualmente são considerados fracos, apresentam potencial de se tornarem mais fortes no futuro impulsionados por outros ciclos de feedback.
Mudanças transformadoras e socialmente justas em energia e transporte globais, poluição do ar de curta duração, produção de alimentos e preservação da natureza são algumas das políticas necessárias para tentarmos resolver este problema a curto e longoprazo.