Passar um tempo na natureza mesmo que apenas duas horas por semana, tem sido associado a vários benefícios à saúde tais como, melhora na função cognitiva, a pressão arterial, na saúde mental e no sono. Além de reduzir a exposição à poluição do ar, do ruído e do calor e, ainda, acaba servindo como fator de incentivo para a prática de atividade física, contribuindo para um envelhecimento saudável.

Agora, novo estudo realizado por pesquisadores da Washington State University e publicado na revista de psiquiatria Jama Network,  com quase 62 milhões de dados analisados do programa americano Medicare, sugere que  ter maior contato com espaços verdes ou espaços azuis  – lagos, rios, mar, por exemplo – pode ajudar a proteger contra o risco de desenvolver alguns tipos de distúrbios neurodegenerativos.

Segundo o artigo, os adultos mais velhos que vivem nos centros urbanos teriam menor risco de sofrimento psicológico grave e, consequentemente,  chance de comprometimento cognitivo e posterior demência, quando residem perto de espaços verdes e/ou azuis, incluindo parques, jardins e lagos, por exemplo.

A pesquisa descobriu que pessoas que moram dentro de um raio de mais ou menos 800 metros destes espaços, tinham um risco menor de 17% de sofrer algum tipo de sofrimento psicológico grave em comparação com aqueles que moram mais longe desses espaços. O sofrimento psicológico em adultos há tempo tem sido associado a declínio cógnito e, consequentemente, demência.

Diante da crescente evidência de que espaços verdes e azuis fazem bem para a nossa saúde não resta aos gestores públicos senão, passarem a tratar o tema não só do ponto de vista ambiental mas também sob o olhar de gestão pública de saúde e começarem a pensar em como aumentar os espaços verdes ou até mesmo os espaços azuis nos centros urbanos, permitindo aos cidadãos melhor qualidade de vida no envelhecimento, trazendo benefício para a saúde mental.