Sabemos que a poluição do ar é cada vez mais reconhecida como um importante fator de risco ambiental para a saúde mental. Novo estudo publicado na Revista JAMA Psychiatry, apontou que a exposição prolongada a vários poluentes atmosféricos, mesmo que de baixo nível de poluição, está associada a um risco significativamente de aumentar a depressão e a ansiedade.
Os pesquisadores acompanharam durante 10 anos aproximadamente 400 mil pessoas. A análise dos dados coletados mostrou que, mesmo em níveis baixos de pequenas partículas de dióxido de nitrogênio (proveniente da queima de combustível, por exemplo) e óxido nítrico (também conhecido como monóxido de nitrogênio e que também da queima de combustíveis e indústria, por exemplo) o risco de depressão aumentou em 16% e o risco de ansiedade em11%.
Enquanto a maioria dos estudos focam as atenções em um único poluente para descobrir o impacto na nossa saúde, este foi o primeiro estudo a relatar um risco associado significativamente maior para depressão e ansiedade, tendo como causa a exposição conjunta a vários poluentes atmosféricos.
A pesquisa acende o alerta para os médicos que, a partir de agora ao analisarem os sintomas de depressão e/ou ansiedade de seus pacientes, precisarão também considerar fatores ambientais como local onde mora e trabalha, por exemplo. analisar outros fatores
Novas pesquisas ainda precisam ser feitas para que possamos entender como e por que a exposição à poluição do ar aumenta o risco de doenças mentais.
Uma das linhas de raciocínio acredita que trata-se de uma questão fisiológica e psicológica, já que estar em algum ambiente em que a qualidade do ar é comprometida acaba impactando emocionalmente com as pessoas, aumentando a taxa de emoções negativas.