Como parte do Acordo de Paris em 2015, os países se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa de forma a limitar o aquecimento global. Passado mais de 7 anos, as emissões globais continuam a aumentar constantemente, o que já resulta em aumento na temperatura média global em 1.2º. 

E toda esta transformação climática acaba tendo um impacto grande na saúde pública, uma vez que impactos ambientais está conectado com saúde humana. Desde 1950 que as doenças infeciosas vem aumentando, a dengue já apresenta 15% de aumento global nos casos. Outro exemplo do impacto negativo em nossa saúde são as ondas de calor que atingem populações vulneráveis, as altas temperaturas em 2018 representaram um aumento de 57% nos casos de mortalidade. Somente em 2018, foram aproximadamente 296 mil mortes de pessoas acimas de 65 anos. Na Europa, neste mesmo período, o custo desta mortalidade foi equivalente a 1,2% da renda nacional bruta.

Assim, cresce a cada dia o consenso entre os profissionais da área da saúde acerca da necessidade de adaptação dos sistemas nacionais de saúde à mudança climática. Se os serviços globais de saúde fossem um país, seria o quinto maior emissor de gases de efeito estufa, emitindo 4,6% anualmente. Estas emissões decorrem diretamente das unidades hospitalares, energia, transportes, alimentos, produtos farmacêuticos e resíduos.

No  Reino Unido,  o Serviço Nacional de Saúde anunciou a meta de fornecer um serviço Net-Zero, na Alemanha o Ministério Federal de Saúde criou um departamento dedicado à proteção da saúde e sustentabilidade, responsável por assuntos relacionados ao clima e na Austrália, a Lei de Saúde Pública de 2016, foi usada para realizar a primeira pesquisa sobre clima e saúde no país.

Os gastos globais em adaptação aumentaram 5,3%, chegando a US$ 18 bilhões em 2019.

A mudança climática é uma crise de saúde pública e os profissionais da saúde precisam se preparar.