O brilho das estrelas brasileiras é incomparável quando o assunto é Copa do Mundo. Afinal, quem tem mais, tem cinco. Mesmo com duas seleções tradicionais na nossa cola, ninguém tem mais do que a gente e pelo menos até 2026 estamos no topo sozinho.
Se as estrelas costumam morar no céu, no Brasil elas brotam no chão de terra, nos campos de várzea, até no asfaltado e em outros terrenos impróprios para jogar futebol. O improviso corre nas nossas veias.
Sorrimos na alegria e também na tristeza. Nosso humor é inigualável, nossas piadas são as melhores e esse jeito irreverente faz de nós um povo alegre como quase nenhum outro. O futebol já nos deu alegrias tristezas. Estrelas de outras cores já brilharam e mereceram nossos aplausos. Afinal, quem é aplaudido também precisa saber aplaudir.
A última vez que nossa estrela brilhou numa Copa do Mundo foi em 2002. O nosso brilho era dividido com os flashes das câmeras fotográficas que começavam a virar febre no mundo. Hoje há brilho nas chuteiras, nos penteados platinados, em alguns uniformes e nos aparelhos celulares que da arquibancada filmam e fotografam os lances.
Dentro de campo, as nossas estrelas também mudaram. Dizem por aí que brilham menos, que outrora o que divide opiniões. O problema não é o brilho, mas sim como ele é provocado. Os antigos devem sentir falta da naturalidade. Não queremos estrelas artificiais. Queremos estrelas reais, “estrelas raiz”, como as cinco que carregamos no peito.
O brasileiro sempre vai amar a seleção, independente do que aconteça. O brasileiro sempre vai querer ganhar, porque se acostumou e gosta. O que o brasileiro mais quer, mesmo nas derrotas, é que o brilho das estrelas que vestem a camisa amarela seja pelo que fazem dentro do campo, não fora dele.
Que nossas estrelas entendam que a prioridade é o gol, não o cabelo;
Que a camisa é mais valiosa que uma tatuagem;
Que 200 milhões de pessoas são muito mais importantes que do que os fios de cabelo e um penteado;
Que assimilem a oportunidade ímpar que têm de defenderem a maior seleção do mundo;
Que o que importa é fazer história jogando o futebol arte que o planeta aprecia e respeita;
Infelizmente agora só em 2026.