Com um pouco mais de quinze anos de experiência, a editora Rachel Agavino, formada em produção editorial, teve passagens por editoras como: Sextante, Nova Fronteira, Record, Ediouro, Objetiva, Intrínseca e Rocco, onde desenvolveu trabalhos de edição e tradução. Todavia, como uma “mola propulsora “algumas questões pessoais começaram a mudar sua perspectiva, até o momento em que Agavino chegou à conclusão irremissível de empreender, com o intuito de ajudar mais pessoas, rumo ao sonho do primeiro livro, incluindo, às diversas opções que consiste uma carreira respaldada na escrita. Dessa forma, surgiu a empresa de consultoria, coaching e mentoria; O livro aberto; com metodologia reconhecida pelo MEC e validada por centenas de alunos, onde ela atualmente implementa as suas aulas, cursos e palestras. A seguir, o Jornal DR1, entrevistou a editora, Rachel Agavino, que contou sobre o seu trabalho e presenteou você, com dicas e considerações valiosas, relacionadas a uma carreira embasada no lindo e complexo universo da escrita.
Jornal DR1: Quais os principais assuntos abordados na oficina de tradução literária?
Rachel Agavino: Minha oficina é 100% mão na massa. Além das escolhas de tradução em si, eu mostro como é a preparação do texto para as editoras, que é muito diferente dos textos de agências de tradução, por exemplo.
Jornal DR1: Se você pudesse dar uma dica antes do escritor fazer uma abordagem às editoras, qual seria?
Rachel Agavino: Pesquise a linha editorial. Cada editora tem a sua linha, um tipo de livro que publica, e não respeitar isso é um tiro no pé. Além disso, é importante criar audiência e investir em outras formas de ganhar dinheiro com a escrita, prestando serviços, por exemplo.
Jornal DR1: Como o profissional da escrita pode se destacar, para garantir a satisfação do cliente, em plataformas como Workana, onde alguns “leilões de serviços” vez por outra acontecem?
Rachel Agavino: O grande segredo é sempre ouvir e mostrar que se importa. Sempre que possível, pesquise o cliente antes e faça uma proposta personalizada. Se preciso, pergunte, converse com ele. Isso vai gerar muito mais confiança.
Jornal DR1: Qual a forma correta de se cobrar pelo trabalho da escrita?
Rachel Agavino: No mercado editorial, que foi o meio em que me formei, nós cobramos por laudas de 2.000 caracteres. Mas, independentemente de como vai cobrar, o profissional precisa saber o valor mínimo da sua hora.
Jornal DR1: Por que se tornar MEI ou microempreendedor se faz tão relevante nesse metiêr?
Rachel Agavino: Dá mais segurança para as empresas que vão contratar. Além disso, acaba sendo mais econômico e mais simples de se manter em dia com todas as obrigações fiscais.
Jornal DR1: Hoje em dia o Instagram se tornou um portfólio para vários profissionais. Nesse sentido, como deve ser trabalhado o Instagram de uma pessoa que trabalha com a escrita? (quais tipos de posts, frequência de postagem)
Rachel Agavino: Quem não é visto não é lembrado. Precisa estar no Instagram todo dia? Se os seus clientes estiverem lá, precisa, sim. Se não estiverem, vá para onde eles estão. Poste coisas que sejam do interesse do seu público. É muito mais sobre eles do que sobre você.
Jornal DR1: Qual é a perspectiva do mercado de trabalho para quem pretende trabalhar com escrita, em 2023?
Rachel Agavino: O mercado está aquecido, o que não quer dizer que esteja saturado. Tem muita oferta de profissional ruim por aí. A diferença, por mais que seja doído dizer isso, está na qualidade. Sim, deveria ser o mínimo, mas infelizmente não é. Quem for realmente bom e tiver a estratégia certa vai decolar.
Jornal DR1: Qual o melhor conselho que você pode dar para quem deseja ingressar no ramo da escrita no ano de 2023?
Rachel Agavino: Estude. Não só sobre escrita, mas sobre outras coisas que vêm com a decisão de ser autônomo e/ou empreendedor. Cuide dos seus clientes. Faça o seu melhor todo dia, que o sucesso é consequência.