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O Rio que o carioca não conhece: Palácio do Catete

Entre os muitos lugares que o carioca não conhece está o Palácio do Catete, um  prédio histórico localizado na cidade do Rio de Janeiro, sendo um exemplar da arquitetura neoclássica brasileira do final do século XIX. O palácio foi palco de diversos episódios importantes da história do Brasil e abriga atualmente o Museu da República.

O Palácio do Catete é uma construção de estilo predominantemente neoclássico, inspirada nos palácios renascentistas de Veneza e Florença, na Itália que, por sua vez, eram releituras das construções da Antiguidade romana. No andar térreo, o requinte das pinturas e ornamentos e a distribuição e localização dos cômodos sugerem que este espaço tenha sido destinado às salas de visita e de estar, quando da ocupação do prédio pela família do Barão de Nova Friburgo. Durante a República, a área foi redefinida para abrigar setores burocráticos como secretaria, biblioteca, gabinetes, salas de despachos e de audiências

A entrada no Palácio é feita por um portão de ferro fundido na Alemanha. No saguão, seis colunas de mármore levam à escada principal. Chegando ao segundo andar pela escadaria principal, o visitante depara com quatro painéis murais representando as alegorias das artes que se integraram na construção do Palácio: Pintura, Desenho, Arquitetura e Escultura.O Palácio aparece retratado da forma como era na época de sua construção, sustentado por um dos dois anjos que ladeiam a figura feminina que representa a Arquitetura.

O segundo andar era destinado a recepções e cerimônias de gala, tanto na época do Barão quanto da Presidência da República. O último andar era destinado aos aposentos privados da família do barão de Nova Friburgo e, mais tarde, das famílias dos presidentes quando estes decidiam habitar o Palácio. Ficava neste andar o quarto onde se suicidou Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954. Logo após a morte do ex-presidente, a mobília foi transferida do Palácio do Catete para uma sala do Museu Histórico Nacional, na qual se buscou recriar o cenário onde ocorreu o episódio. Com a inauguração do Museu da República, o quarto foi novamente montado no Palácio do Catete. Nele são expostos o pijama usado por Getúlio naquela madrugada, bem como o revólver e a bala utilizados na ocasião.

O jardim histórico do Palácio do Catete ocupa uma área de 24 000 m2 da área do Palácio do Catete, ligando a Rua do Catete à Praia do Flamengo, paralelamente à Rua Silveira Martins. O projeto de Paul Villon, de 1896, feito para a Presidência da República, adicionou ao jardim canteiros altos, três pontes rústicas, bancos sobre rochas artificiais e a gruta artificial com cascata, de onde sai um rio artificial que alimenta dois lagos. Um lugar para quem quer conhecer mais sobre a história e também aproveitar momentos de paz e tranquilidade sozinho ou com amigos e família. 

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