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Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 11 da ONU

Por Franciane Miranda

O crescimento da população e o inchaço das grandes cidades tornaram-se alvo de grande preocupação para os governos, principalmente dos países em desenvolvimento. Com este tema em foco, a ONU (Organização das Nações Unidas), em parceria com 192 países criaram em 2015, uma agenda com metas para diminuir ou acabar com as desigualdades até 2030. São 17 objetivos para desenvolvimento sustentável chamados de (ODS), que possuem como meta central transformar o planeta em um local com mais igualdade para todos.

A meta 11 da (ODS), foca em transformar os centros urbanos e os assentamentos humanos em locais seguros e sustentáveis. Para alcançar esse propósito, o documento indica alguns pontos fundamentais que precisam ser colocados em prática pelos países. Urbanizar as favelas e permitir que as populações mais carentes possuam acesso a moradia própria, de maneira segura com serviços básicos garantidos e o primordial, que estes povos tenham acesso a valores acessíveis.

A ONU destaca o quanto planejar e fortalecer esforços para preservação do patrimônio cultural, histórico e natural do planeta são fundamentais para que futuras gerações possam desfrutar. Aumentar em todos os países a urbanização inclusiva de forma sustentável, assim como o planejamento e gestão de assentamentos humanos de forma participativa. Outra meta em destaque é promover a expansão dos transportes públicos de forma sustentável, segura e acessibilidade, principalmente para as pessoas portadoras de deficiências, e em situação de vulnerabilidade.

O aquecimento global tem provocado eventos climáticos em todo planeta, incluindo os desastres relacionados à água, como o caso da barragem de rejeitos em Brumadinho, localizado em Minas Gerais, que rompeu e matou mais de 200 pessoas. A ONU, busca com o apoio dos governos diminuírem o número de pessoas afetadas por catástrofes. O objetivo é proteger os menos afortunados e as pessoas em situação de fragilidade. O foco também é reduzir as perdas econômicas do produto interno bruto global, diretamente ligado a estes eventos.

A preservação do meio ambiente está no centro do debate entre as principais organizações mundiais. É de extrema importância entender e se preparar para tais eventos, assim como gerir políticas que diminuam os efeitos e os impactos ambientais causados pelas grandes cidades com monitoramento da qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros.

Em 2014, Pequim na China, estava com a qualidade do ar com índices altíssimos de poluição superando 45 vezes o limite diário de poluentes recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O problema foi ignorado por muito tempo, mas mediante a gravidade da situação o governo decidiu agir e nos últimos anos, reuniu esforços e tem conseguido baixar esta taxa. A poluição do ar é responsável por cerca de 4,1 milhões de mortes anualmente no planeta.

A ONU ressalta o interesse em oportunizar o ingresso das pessoas aos espaços públicos e áreas verdes com segurança e acessibilidade, sobretudo para as mulheres, crianças, pessoas idosas e com deficiência.

Fortalecer as relações positivas entre as áreas urbanas, periurbanas e rurais, reforçando o planejamento e desenvolvimento nacional e regional de forma segura, além de consolidar os vínculos econômicos, sociais e ambientais. Em 2019, dois prédios desabaram na Muzema, Zona oeste do Rio, matando 24 pessoas e deixando várias pessoas feridas. Possibilitar que os países menos desenvolvidos recebam apoio técnico e financeiro para construções sustentáveis por meio da utilização de material local.

O órgão destaca o quanto é primordial promover políticas de inclusão com planos para aumentar o número de cidades e assentamentos humanos usando de forma eficiente os recursos, além organizar ações de adaptação às mudanças climáticas. Colocar em prática de acordo com o Marco de Sendai, um documento internacional que foi adotado pelos Estados membros da ONU, para gerenciamento e redução do risco de desastres globais em todos os níveis. O calor e seca recordes provocaram uma onda de incêndios na Austrália no ano passado. O fogo já devastou mais de 10 milhões de hectares no país e matou 28 pessoas. Estes dados revelam o quanto é importante seguirmos os objetivos designados pela ONU e protegermos o meio ambiente para futuras gerações.

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