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Observatório de Favelas e Instituto Moreira Salles lançam edital de residência artística voltado para jovens fotógrafos das periferias do Rio de Janeiro

Estão abertas as inscrições para a Residência Artística Laboratório de Imagens, promovida pelo Observatório de Favelas, a partir do Programa Imagens do Povo, e pelo Instituto Moreira Salles. A formação é voltada para jovens, de 18 a 30 anos, com atuação iniciante no campo da fotografia, provindos das periferias da metrópole do Rio de Janeiro. As inscrições para a residência podem ser feitas até dia 29 de maio neste link.
Esta é a terceira edição da residência que, neste ano, tem como objetivo incentivar a ampliação de repertório e o aperfeiçoamento de portfólio de artistas iniciantes oriundos de territórios populares cariocas. Serão selecionadas quatro candidaturas, sendo possível se inscrever individualmente ou como dupla artística. As pessoas contempladas terão acesso a uma formação de quatro meses, ministrada entre julho e outubro deste ano. Também receberão uma bolsa de R$ 8 mil, paga em parcelas mensais de R$ 2 mil, ao longo dos 4 meses de formação. O valor da bolsa contempla transporte, alimentação e outros custos relacionados ao processo artístico.
A residência abarcará exercícios práticos e aulas teóricas com artistas, agentes culturais e profissionais do IMS e do OF. Os encontros de formação terão formato híbrido. As aulas virtuais serão ministradas na plataforma Google Meet, já as atividades presenciais acontecerão no IMS Rio, no bairro da Gávea, e no Observatório de Favelas, no Conjunto de Favelas da Maré. Ao final da vivência, os trabalhos desenvolvidos durante a residência serão reunidos em um e-book, a ser publicado no 1o semestre de 2023.
Para se inscrever no processo seletivo da residência, é importante que as pessoas interessadas já tenham iniciado algum processo de pesquisa relacionado à fotografia. Também será necessário enviar o portfólio digital ou uma apresentação visual da trajetória, além de um currículo. O resultado do processo seletivo será divulgado em junho nas plataformas das duas instituições. O edital completo da residência pode ser acessado aqui.
Com essa iniciativa, o IMS e o OF reforçam sua parceria e a importância de ações de fomento artístico. Rosilene Miliotti, coordenadora do Imagens do Povo, comenta o projeto: “Essa parceria entre o Observatório de Favelas e o Instituto Moreira Salles fortalece e garante visibilidade ao trabalho de artistas de territórios populares que, de dentro dos seus territórios, revelam para fora o fazer fotográfico diferenciado, sensível, visibilizando lutas e potências, registrando cotidianos, compartilhando saberes e ao mesmo tempo criticando e questionando os modelos sociais colocados. A formação do Programa de Residência Artística Laboratório de Imagens vai proporcionar que pessoas de origem periférica e que estejam iniciando suas pesquisas em fotografia tenham oportunidade de trocar experiências com profissionais do cenário cultural-artístico e aprimorar seus olhares e portfólios. O percurso formativo pretende ser um suporte para que esses jovens mostrem suas vivências locais e territoriais para fora.”
Para Renata Bittencourt, coordenadora de Educação do IMS, a residência focada no processo criativo de cada participante é fundamental para o desenvolvimento dos trabalhos. “Esperamos contribuir, como instituição cultural, com a difusão e a fruição artística. Todos esses objetivos poderão ser realizados por meio da formação, foco da residência artística. Por meio de encontros teóricos e práticos, palestras e mentoria, acreditamos ser possível colaborar para uma cena artística jovem e potente do território do Rio de Janeiro”, afirma.
“A parceria entre o Instituto Moreira Salles e o Observatório de Favelas segue para seu quarto ano, buscando desafios constantes e aprendizados que acontecem a partir de trocas de experiências e saberes. São universos culturais e socioeconômicos diversos que se encontram, buscando um propósito comum — auxiliar na potencialização da cena artística contemporânea das periferias da metrópole do Rio de Janeiro. ” — celebram Maria Emília Tagliari Santos, supervisora da Ação Educativa, e Ana Luiza de Abreu Cláudio, supervisora da Ação Social do IMS Rio.
Em 2022, a residência passa a fazer parte da Plataforma Escuta, programa da Ação Social que busca promover formação artística, residência e realização de um festival, o Escuta Festival. A partir dessas três diretrizes de trabalho, o foco é nos artistas das periferias da metrópole do Rio de Janeiro.

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