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ODS 3: Saúde e bem-estar

Com a missão de “assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”, o ODS 3 – Saúde e Bem-Estar quer ajudar as pessoas a viverem mais tempo e em melhores condições. O objetivo é tão desafiador quanto complexo, já que aborda questões abrangentes e transversais: mais do que evitar doenças, a garantia de saúde implica em fornecer uma alimentação equilibrada, prover assistência médica adequada, erradicar a pobreza, estimular a prática de exercícios e assegurar ambientes livres de poluição.

Quando falamos de saúde, não podemos deixar de lado as doenças. Segundo a ONU, doenças crônicas são hoje as que mais afetam a população: 63% de todas as mortes provêm de doenças não transmissíveis, como cardiovasculares, câncer e diabetes. Ainda segundo a Organização Mundial da Saúde, doenças cardiovasculares são a causa número 1 de mortes, sendo que três quartos dos incidentes ocorrem em países com menos recursos.

Doenças sexualmente transmissíveis são outro alvo importante para o ODS 3, como a Aids. Mais de 36 milhões viviam com o vírus em 2017 e 940 mil mortes foram ocasionadas. E o número de pacientes segue crescendo mesmo com o aumento de pacientes em tratamento – em 2013, o número de afetados era de 35 milhões.

Doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, chikungunya, zika virus e malária também merecem a atenção de governos, ainda mais em países tropicais como o Brasil. De campanhas de conscientização ao tratamento adequado, políticas públicas voltadas para a erradicação dos casos são essenciais para evitar surtos e mortes. Cabe ainda ressaltar a importância das vacinas, em especial para crises como a do sarampo: desde 2000, por exemplo, a vacinação evitou quase 15,6 milhões de óbitos pela doença.

Segundo a ONU, a saúde no mundo é mais precária entre crianças e países de baixa renda: apenas metade das mulheres vivendo em regiões em desenvolvimento recebe a quantidade recomendada de assistência médica; mais de cinco milhões de crianças morrem a cada ano, antes do quinto aniversário; em 2013, 240 mil novas crianças estavam infectadas com HIV; adolescentes e jovens mulheres enfrentam desigualdades de gênero, exclusão, discriminação e violência, o que as coloca em maior risco de contrair o HIV; a AIDS é a principal causa de morte entre os adolescentes (10 a 19 anos) na África e a segunda causa de morte mais comum entre os adolescentes do mundo; a tuberculose continua sendo a principal causa de morte entre as pessoas que vivem com HIV, representando cerca de uma em cada três vítimas.

No caso do Brasil, apesar do direito à assistência médica e hospitalar ser garantida pelo SUS, há ainda muito trabalho a ser feito. Segundo a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, 25,47% da população brasileira – mais de um quarto – não recebe atendimentos básicos de saúde (dados referentes à novembro de 2019).

Alguns dos indicadores utilizados relacionados com as metas estabelecidas pelo ODS 3: “Número de médicos”, “Número de leitos hospitalares”, “Expetativa de vida nas cidades”, “Índice de suicídios”, “Índice de cobertura das vacinas obrigatórias”, “Mortalidade abaixo dos cincos anos”. É a partir destes resultados que se consegue realizar diagnósticos completos, entendendo quais soluções podem ser utilizadas de acordo com a escala, a urgência e o orçamento de cada município. Podemos e devemos fazer nossa parte. É possível!

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